Ciência determina até que idade uma pessoa pode viver

Descubra o que a ciência revelou sobre a longevidade humana nos dias atuais.

Rodrigo Souza
Por Rodrigo Souza
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Foto: Reprodução/ veja.abril

O envelhecimento humano é um tema complexo que desperta muitas perguntas e debates. Especialistas em longevidade discutem intensamente se há um limite natural para a vida humana. Apesar dos avanços científicos, ainda não sabemos exatamente por que algumas espécies vivem mais do que outras e qual é o máximo de idade que um ser humano pode alcançar. Neste artigo, vamos revelar o que a ciência sabe sobre a longevidade, os fatores que influenciam a expectativa de vida e o que pode limitar nosso tempo de vida.

A evolução da expectativa de vida

A expectativa de vida humana mais do que dobrou nos últimos séculos. No passado, muitos fatores como doenças, guerras e alta mortalidade infantil reduziram significativamente essa média. Isso não significa que pessoas não vivessem até idades avançadas; apenas que muitos não chegavam a essa fase da vida. No início do século XIX, a maioria das pessoas vivia menos de 40 anos. Hoje, esse número gira em torno de 80 anos. Mas, é importante entender que esses números representam uma média estatística.

Resiliência fisiológica marca o declínio natural

A resiliência fisiológica é a capacidade do corpo de se recuperar de problemas de saúde. Quando somos jovens, nosso corpo pode se recuperar totalmente de doenças ou lesões. No entanto, com o tempo, essa capacidade diminui. Pesquisas mostram que a capacidade de recuperação do corpo decai gradualmente e que o tempo necessário para se recuperar de problemas de saúde aumenta com a idade. Em algum momento, o corpo perde sua capacidade de se recuperar totalmente, sugerindo um limite natural para a nossa vida.

Existe um limite para a vida humana?

Mesmo com avanços na medicina e na qualidade de vida, os cientistas acreditam que existe um limite para quanto tempo podemos viver. Um estudo publicado na revista Nature Communications
indica que mesmo sem doenças graves, como câncer e problemas cardíacos, a “resiliência fisiológica” do corpo diminui com o tempo. Isso significa que nosso corpo se torna menos capaz de se recuperar de danos e estresses à medida que envelhecemos.

Estudo das faixas etárias

Pesquisadores têm examinado mudanças em diversos indicadores de saúde, como a contagem de células sanguíneas e o número de passos dados por pessoas em diferentes idades. Esses estudos ajudam a mapear como nossa saúde muda ao longo do tempo. Descobriu-se que a recuperação de declínios na saúde não é constante; em vez disso, ocorre uma série de pequenos declínios onde o corpo não retorna ao seu estado anterior de saúde plena.

O segredo para viver mais

Na virada do século XX para o XXI, cientistas começaram a estudar os telômeros – estruturas que protegem os cromossomos – e a telomerase, uma enzima que os repara. Inicialmente, pensava-se que esses eram os segredos da longevidade. No entanto, a realidade é muito mais complexa. Muitos fatores influenciam a longevidade, e até 25% das proteínas humanas estão envolvidas no processo de envelhecimento.

Uma pesquisa de 2013 publicada na revista Cell identificou nove características do envelhecimento. Além do encurtamento dos telômeros, incluem-se mudanças nos genes, no epigenoma, nas proteínas, nas mitocôndrias (responsáveis pela energia das células), na resposta aos nutrientes, na comunicação entre células, na senescência celular (quando células param de se dividir) e na exaustão das células. Essas descobertas ajudam a entender por que envelhecemos e o que pode limitar nossa vida.

O enigma da longevidade

Embora ainda haja muito a descobrir sobre a longevidade humana, sabemos que fatores genéticos e bioquímicos desempenham um papel crucial. Cada espécie tem seu próprio “programa” de vida, resultante da evolução, que equilibra os benefícios e custos entre viver pouco ou muito tempo. A ciência continua a explorar maneiras de prolongar a vida saudável, mas aceitar que há um limite natural pode ser uma parte importante desse conhecimento. Afinal, entender o envelhecimento nos ajuda a valorizar e cuidar melhor do tempo de vida que ainda temos.

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