Goiânia está entre as 3 cidades com maior valorização no mercado imobiliário do Brasil

O mercado goiano fica atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro

Luca Sprung
Por Luca Sprung
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Reprodução/Internet

O Instituto Brain (empresa de inteligência estratégica mais representativa do mercado imobiliário brasileiro) realizou uma pesquisa utilizando os dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (ADEMI-GO) referentes aos últimos 10 anos. Foi constatado que o valor geral de vendas (VGV) dos empreendimentos em Goiânia subiu de R$2,6 bilhões para R$6 bilhões, tendo um aumento de 126%. Com isso, o mercado imobiliário goiano chegou ao terceiro lugar dos maiores do Brasil, em VGV. O top 1 e 2 ainda ficam com São Paulo e Rio de Janeiro.

Outro destaque de Goiânia é a valorização do metro quadrado e, consequentemente, dos preços dos imóveis. O Índice FipeZAP (o primeiro índice de preços de imóveis residenciais e comerciais com abrangência nacional) publicou uma tabela de maiores aumentos na precificação do metro quadrado no país e mostra a capital goiana em terceiro lugar mais uma vez. Nos últimos 12 meses, a cidade do pequi teve um aumento de 14,20% e, apenas nos três primeiros meses de 2024, já chegou a 5,40%. Dessa forma, o metro quadrado passou a ter o valor de R$7.496,00. São José (SC) e Vila Velha (ES) ficaram com o top 1 e 2. A pesquisa também registrou que os imóveis com dois quartos foram os que mais se valorizaram.

A economista do DataZap, Ana Tedesco, comentou sobre o assunto, colocando a situação do crédito imobiliário como uma razão para esses acontecimentos. Ela aponta que no primeiro semestre de 2024 a taxa de financiamento imobiliário permaneceu estável, enquanto o mercado de trabalho seguiu melhorando. Também ocorreu um lento processo de recuperação de preços de venda e locação, que foram deteriorados pela inflação.

Para outros especialistas, o luxo crescente nos imóveis de Goiânia reflete diretamente no aumento do valor geral de vendas do mercado imobiliário da cidade. Boa parte do dinheiro que roda na capital goiana vem do agronegócio, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o que moveu a economia brasileira entre 2022 e 2023. Além disso, a cidade se tornou o maior polo de serviços do Centro-Oeste, com hospitais, escolas, universidades, restaurantes e comércios de ponta, que atraem a elite de Goiás e de Estados vizinhos.

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