Saiba como o uso excessivo de telas impacta a alfabetização das crianças

A psicopedagoga Sabrina Oliveira, diretora da Maple Bear Goiânia, alerta para os riscos, destacando a necessidade de equilíbrio e orientação no aproveitamento da tecnologia como aliada no processo educacional

Cris Soares
Por Cris Soares
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A alfabetização de crianças em Goiânia enfrenta obstáculos, com quase 60% dos alunos até o segundo ano fundamental não alcançando a proficiência esperada. O aumento do uso de telas amplifica esses desafios, revela a pesquisa Alfabetiza Brasil do Ministério da Educação. Os dados, apresentados em maio de 2023, indicam uma queda nos índices em comparação com 2019, início da pandemia, agravando a situação.

 

Uma pesquisa internacional, envolvendo 46 estudos com quase 30 mil crianças, mostra que o tempo diário de tela cresceu mais de 50% de 2020 a 2022. A psicopedagoga Sabrina Oliveira, diretora da Maple Bear Goiânia, destaca a relação direta entre o consumo excessivo de telas e dificuldades de alfabetização. Ela adverte sobre os efeitos negativos, como a passividade induzida pelas telas, substituindo atividades cerebrais essenciais para o desenvolvimento infantil.

O acesso desenfreado às telas também têm substituído a leitura de livros, prejudicando a descoberta das letras. Oliveira ressalta que o excesso de telas afeta a qualidade do sono e contribui para a falta de interesse em atividades físicas e de escrita, resultando em impactos na capacidade de atenção e tolerância à frustração.

 

Apesar dos desafios, a especialista enfatiza a possibilidade de utilizar a tecnologia de forma positiva no processo de alfabetização. Recomenda-se um equilíbrio no consumo de telas, com supervisão e orientação educacional. A Maple Bear adota tecnologias como aliadas, incorporando atividades intencionais e educativas, respeitando as fases e necessidades individuais das crianças. 

 

“Uma criança em fase de alfabetização pode ter de 30 a 40 minutos de uso de tela de forma intencional até duas vezes por semana. Mas a intenção, é o que vai fazer a diferença. A ideia é trazer atividades que vão desenvolver o pensamento da criança, como conceitos iniciais de programação, por meio de jogos, para que o que está abstrato na tela ela possa tocar, quantificar, ou até o uso de leitura de textos com música; estratégias que podem até contribuir com a alfabetização”, orienta Oliveira.

 

Fotos: Shutterstock

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