Bairro de Goiânia é referência de urbanização e valorização imobiliária

Certamente você já ouviu falar do setor Bueno. Certamente você também sabe que ele é um dos bairros mais importantes da capital de Goiás. Hoje vamos contar como isso aconteceu. A fundação de Goiânia na década de 1930 marcou um importante capítulo no desenvolvimento urbano e econômico de Goiás, concebida como um projeto modernista sob a liderança de Pedro Ludovico Teixeira. Designada para ser a nova capital do estado, Goiânia representava a visão de modernidade e progresso de Ludovico, destinada a ser um polo de atração demográfica e econômica para a região central do Brasil.

Goiânia foi oficialmente inaugurada em 24 de outubro de 1933, uma decisão estratégica de Pedro Ludovico, nomeado interventor por Getúlio Vargas, para impulsionar a ocupação do estado e direcionar excedentes populacionais para áreas menos densas, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico. A escolha do local e o planejamento da cidade foram meticulosos, buscando condições topográficas, hidrológicas e climáticas ideais, resultando na escolha de uma região próxima ao povoado de Campinas​​​​.

Em seus primeiros anos, Goiânia experimentou um crescimento lento, mas eventos subsequentes como a chegada da ferrovia em 1950 e a construção de Brasília contribuíram para um aumento significativo da população nas décadas seguintes. Estes desenvolvimentos transformaram a cidade no maior polo econômico do estado, hoje abrigando cerca de 1,5 milhão de habitantes e sendo reconhecida como a capital mais verde do Brasil, dada a sua abundância de parques e praças​​​​.

A campanha de marketing de Ludovico, em parceria com a empresa Coimbra e Bueno, visava atrair investimentos e residentes para a nova capital, promovendo-a como uma oportunidade de enriquecimento através da aquisição de lotes. A diversidade de pratos e a rica tradição cultural refletem a influência dos imigrantes, especialmente do Nordeste, que escolheram Terezópolis como seu lar, contribuindo para a tapeçaria cultural da cidade. Goiânia, desde sua concepção, foi projetada para ser mais do que uma capital; era para ser um símbolo de renovação e um catalisador para a modernização e o progresso em Goiás​​.

Este esforço de marketing, alinhado com a política de interiorização do governo Vargas e a visão progressista de Ludovico, não apenas estabeleceu Goiânia como um centro administrativo e cultural, mas também como um coração pulsante de Goiás, conectando o estado ao restante do Brasil através do maior corredor econômico do Centro-Oeste, a rodovia BR-153​​.

As propagandas difundidas por Ludovico Teixeira em parceria com Coimbra Bueno prometiam lotes com juros baixos e boa rentabilidade. Os efeitos deste trabalho estratégico se apresentaram no momento em que a cidade foi hiperpovoada. O nome da empresa que ajudou o Interventor Federal a alcançar tal feito deu origem a dois importantes bairros de Goiânia. Dentre eles cabe falar sobre o Setor Bueno que, em 2010 segundo dados do IBGE registrava cerca de 40 mil habitantes.

A transformação do Setor Bueno, em Goiânia, é uma história de sucesso em termos de desenvolvimento urbano e valorização imobiliária. Inicialmente adquiridos a preços modestos, os lotes nessa região tornaram-se altamente valorizados ao longo dos anos, refletindo não apenas o crescimento da cidade, mas também a importância estratégica e comercial do bairro. Em novembro de 2023, o preço médio do metro quadrado no Setor Bueno atingiu R$ 9.720, segundo o relatório da MyIndex, evidenciando a sua posição como uma área de alto padrão e grande demanda imobiliária​​.

O Setor Bueno é descrito como um bairro completo, oferecendo uma variedade de serviços e comodidades que incluem academias, escolas, centros de comércio e lazer, bem como espaços empresariais e residências confortáveis. Este ecossistema diversificado atende às necessidades da vida contemporânea, tornando-o um local ideal para moradia e negócios. Destaca-se também pela presença de importantes avenidas, como a Avenida T-63, Avenida T-4 e Avenida T-9, que facilitam o acesso a outras regiões da cidade, reforçando sua conexão com o dinamismo urbano de Goiânia​​​​.

Um dos pontos turísticos mais relevantes do bairro é o Parque Vaca Brava, criado em 1951 e transformado em Área de Proteção Ambiental em 1985. Com cerca de 80 mil metros quadrados, o parque é uma área de lazer predileta para moradores e visitantes, oferecendo um ambiente tranquilo para descanso e atividades ao ar livre, além de ser cenário para eventos culturais durante datas comemorativas​​.

Ao lado do Parque Vaca Brava, localiza-se o Goiânia Shopping, um dos principais centros comerciais da cidade, com aproximadamente 160 lojas. A diversidade de comércios e serviços, juntamente com a localização estratégica do Setor Bueno, solidifica sua reputação como um dos bairros mais nobres e dinâmicos de Goiânia, atestando sua capacidade de atrair investimentos e oferecer qualidade de vida aos seus habitantes​​​​.

A história do Setor Bueno, portanto, é um exemplo notável de planejamento urbano bem-sucedido que alia crescimento econômico à conservação ambiental, tornando-o um modelo de desenvolvimento sustentável e de alta qualidade de vida urbana.

O Setor Bueno guarda residências que variam entre médio e alto padrão em uma mesma área nobre. Sendo sua área de maior destaque as redondezas do Vaca Brava. Com escassez de espaço para levantar novos edifícios, o local tronou-se super valorizado. O empreendimento mais visado é a casa Opus, conhecida por seus entalhes luxuosos e um apartamento por andar. A Casa Opus vaca Brava conta com unidades de 528 metros quadrados, as chamadas “casas suspensas”.

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Imagem: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Cidade goiana é um verdadeiro tesouro gastronômico guardado entre Goiânia e Brasília

Colégio católico foi responsável pela formação de um dos bairros mais nobres de Goiânia

Prédio é um verdadeira jóia preciosa na avenida Goiás e um marco da inovação modernista em Goiânia

Ao andar pela icônica Avenida Goiás, em Goiânia,  mais precisamente na frente da Praça do Bandeirante, é impossível não se sentir envolvido pela grandiosidade histórica que irradia do prédio do antigo Banco do Estado de Goiás (BEG), uma edificação que encapsula um período crucial do desenvolvimento de Goiânia.

Iniciando sua construção na década de 60, o prédio do antigo Banco do Estado de Goiás (BEG) testemunha um período fervilhante da história política e cultural de Goiânia. Localizado na icônica Avenida Goiás, em frente à Praça do Bandeirante, ele é um marco da arquitetura modernista que começava a se consolidar na capital de Goiás naquela época.

A construção do edifício, iniciada em 1961 e concluída em 1964, ocorreu durante o governo de Mauro Borges, um momento de crescimento e desenvolvimento sem precedentes para Goiás. Foi um período de inovações estruturais, marcado pelo surgimento de novos órgãos administrativos, impulsionados significativamente com a inauguração do prédio sede do BEG.

A arquitetura do prédio, idealizada pelos talentosos Eurico Calixto de Godoi e Elder Rocha Lima, não só incorporava o espírito inovador da época, mas também trazia uma lufada de modernidade europeia para Goiânia, sendo o primeiro prédio da cidade a ter ar-condicionado central, conforme destacou o poeta e cronista Luiz de Aquino, nossa fonte para desvelar os detalhes dessa história rica e multifacetada.

Segundo o historiador,  o prédio quebrou paradigmas em sua época, elevando-se como a referência da modernidade em Goiânia. Um marco indiscutível, ele era um espetáculo de vidros estilo Ray-Ban, um material importado diretamente da Holanda ou Suécia,. “Foi uma obra cara, mas muito badalada, muito festejada,” destaca Aquino.

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Esta grande figura cultural, que é também membro da Academia Goiana de Letras, lança luz sobre uma Goiânia que se ergueu valentemente, um território rico em histórias que se escondem por trás dos grandes prédios e figuras políticas da época. Aquino, que em 1994 publicou “Nossa Gente, Nossa História”, nos proporciona uma viagem no tempo para reviver a época dourada da capital.

Infelizmente, o progresso que a cidade estava vivenciando encontrou um obstáculo em 1964, com a ocorrência do golpe militar que travou o crescimento dinâmico da região. Contudo, o prédio BEG permaneceu, e ainda permanece, como um testemunho sólido da visão progressista e do espírito inovador daquele tempo.

Ao revisitar a Praça do Bandeirante e o prédio que já foi conhecido como Edifício Estadobanco e mais tarde como Edifício Banco do Estado de Goiás, somos transportados para uma época de grandeza e sonhos, uma época em que Goiânia estava pronta para abraçar o futuro.

Hoje, o prédio não é apenas um patrimônio arquitetônico, mas também uma representação vívida de uma era de ouro, um símbolo do que Goiânia foi e ainda aspira a ser. A sua presença continua a inspirar, demonstrando que a cidade tem raízes profundas na inovação e na busca constante por crescimento e desenvolvimento.

Agora, ao comemorar o seu 59° aniversário, o edifício se mantém não apenas como um testemunho da história viva de Goiânia, mas como uma verdadeira obra de arte arquitetônica, um marco que encanta e inspira a todos que têm a sorte de conhecê-lo. Uma verdadeira jóia de Goiânia, que guarda em suas estruturas as memórias e aspirações de uma cidade vibrante e cheia de vida.

Com o passar dos anos, o Prédio Sede da BEG evolui, mas sua essência permanece intacta, um verdadeiro monumento à determinação e ao espírito de inovação de Goiânia. Uma visita ao prédio não é apenas um passeio pela história, mas uma jornada ao coração da cultura goianiense.

Um Legado Perene

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O antigo prédio do BEG é mais que um monumento; é uma janela para um período dinâmico e progressista da história de Goiânia. Representa uma época de crescimento, modernização e de uma visão futurista.

Ao revisitar essa construção icônica, percebemos que a herança de Mauro Borges persiste, não apenas na estrutura física da cidade, mas na estrutura administrativa que ainda hoje sustenta Goiás. Uma verdadeira viagem no tempo que nos permite apreciar a grandiosidade de um período que, mesmo após tantos anos, continua a reverberar com energia e inovação.

Ao olhar para o prédio do antigo BEG, estamos não apenas recordando um marco histórico, mas também reconhecendo a vibrante trajetória de Goiânia, uma cidade que soube, e ainda sabe, se reinventar.

 

Texto desenvolvido por Fernanda Cappellesso e Julia Macedo 

Primeiro conjunto habitacional de Goiânia se transformou em bairro populoso bem pertinho do maior shopping da capital

A região sul de Goiânia esconde um dos bairros mais famosos e históricos da capital. Quando tudo ainda era mato e a cidade enfrentava os estímulos do desenvolvimento, o então prefeito, Iris Rezende, criou o setor Vila Redenção.

Aquela administração populista de uma Goiânia na década de 1960, visava a formulação de um conjunto habitacional para todos. Quebrando os paradigmas de que a cidade só abrigava grandes investidores.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia) divulgados pela Prefeitura de Goiânia, no Censo 2010 a população do Vila Redenção estava estimada em, aproximadamente, 5.713 pessoas.

Apesar de ter sido idealizado para abrigar famílias de baixa renda, grande parte dessa população já não ocupa mais este território.

Sua localização privilegiada transformou toda a região. O setor garante acesso aos tradicionais pontos de lazer, escolas e faculdades de Goiânia.

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Na divisa entre o Vila e o Setor Alto da Glória, é possível encontrar o Plutus. Uma tradicional hamburgueria de Goiânia, ou melhor, o tradicional Pit Dog de Goiânia!

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Outro tradicional point da região é o Don Guina, um pub conhecido por sua decoração exclusiva. Como o esqueleto fumante na entrada do estabelecimento.

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Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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A proximidade com o Shopping Flamboyant e a Universidade Paulista Unip, cria uma ideia de que a cidade se desenvolveu a partir da fundação do setor.

Além do forte fluxo comercial, o Vila Redenção abriga ainda o Hospital da Mulher e Maternidade Municipal Dona Iris. E quantos goianos não nasceram “no Dona Iris”?!

 

Hospital da Mulher e Maternidade Municipal Dona Iris

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Imagem: Letícia Coqueiro

Reinaugurado a cerca de 10 anos atrás, o Hospital e Maternidade é uma instituição pública da Prefeitura de Goiânia. O espaço funciona como referência para o parto natural e humanizado em Goiás.

Realizando em média 500 partos por mês, a unidade conta com 69 leitos de enfermaria para acomodação de puérperas; 6 leitos para parto normal; 4 salas de centro cirúrgico; 10 leitos de Unidades de Cuidados Intermediários; 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; e 4 leitos de sala de cuidados.

A maternidade recebeu o título de Hospital Amigo da Criança. Além de adotar as recomendações do Método Canguru, que visam estimular o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê.

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Goiânia é selecionada como uma das 50 melhores cidades nacionais em desenvolvimento, aponta ranking

De acordo com uma análise feita pela empresa de consultoria Macroplan, a cidade de Goiânia está listada com uma das 50 melhores cidades nacionais em desenvolvimento. A pesquisa é feita com base no Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), um indicador sintético que estuda o desenvolvimento das áreas de educação, saúde, segurança, saneamento e sustentabilidade.

 

Neste ranking, o município aparece em 41° melhor posição entre os 50 primeiros municípios no Brasil. Entretanto, em uma lista alternativa também divulgada pela empresa, Goiânia ocupa o 8° lugar em capitais brasileiras, ficando apenas atrás de Curitiba (1º), Vitória (2º), Belo Horizonte (3º), São Paulo (4º), Florianópolis (5º), Palmas (6º) e Campo Grande (7º).

 

Segundo a empresa, a elaboração do IDGM tem uma metodologia semelhante à do Índica de Desenvolvimento Humano (IDH) Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Nesta análise, foram coletados dados de 2008 a 2019 do Censo Escolar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Inep, do DataSUS, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Entre as quatro áreas analisadas, a categoria que obteve mais destaque na capital goiana foi saneamento e sustentabilidade, no qual ocupou a 21ª posição. Nesse quesito, a cidade apresentou que 99,6% da população goianiense tem atendimento através do serviço de coleta de resíduos domiciliares. A informação também mostrou que 99,2% da capital têm abastecimento de água, 92,7% possuem coleta de esgoto e 73% de tratamento de esgoto. 

 

Na área de educação, Goiânia também se destacou. Comparado com os dados de 2009, o município subiu sua posição e alcançou o 52° lugar. Os dados revelaram que neste ano, 23,2% das crianças de 0 a 3 anos foram matriculadas em creches e 92% das crianças entre 4 e 5 estavam inscritas na pré-escola.

 

Porém, nas áreas de segurança e saúde, os resultados foram outros. As informações revelaram que a cada 100 mil habitantes, a taxa de homicídios analisada foi de 28,8 (sendo 436 em 2019), enquanto a de óbitos no trânsito chegou a 15,2. Os veículos que mais estiveram presentes em acidentes de trânsito e registraram óbitos, foram: ônibus, motociclistas, automóveis, ciclistas, caminhões e por último, pedestres.

 

Na saúde, Goiânia ocupou o 37° lugar. Nesse quesito, os dados registraram 72,7% dos nascidos vivos tiveram sete ou mais consultas pré-natal, 61,9% teve cobertura das equipes de atenção médica e que a taxa de mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) se deu 272,6 a cada 1.000 habitantes.

 

 Anápolis e Aparecida de Goiânia

 

Além de Goiânia, outros municípios também estiveram no ranking. A cidade de Anápolis, localizada a 59 quilômetros da capital ocupou a 62° lugar, enquanto Aparecida de Goiânia, o segundo maior município de Goiás, esteve em 87° lugar.

 

Entre as quatro áreas que foram analisadas, o município anapolino teve sua melhor posição em educação, no qual subiu 33 posições e alcançou o 46° lugar.  De acordo com os dados, 19,2% das crianças de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches e 96% entre as que tinham 4 e 5 anos foram inscritas na pré-escola.

 

Já Aparecida de Goiânia, teve sua melhor posição em Saúde, no qual ocupou o 73º lugar. A classificação nas outras áreas foi 77ª em Saneamento e Sustentabilidade, 89ª em Educação e 94ª em Segurança. A última categoria não é vista com mais destaque, pois comparada ao ano de 2009, a categoria caiu 13 posições.

 

Veja o ranking completo aqui.

Foto: Divulgação