Este filme vencedor de Oscar é uma pérola escondida de Woody Allen na Netflix

Este filme vencedor de Oscar é uma pérola escondida de Woody Allen na Netflix

Marcelo Albuquerque
Por Redação Curta Mais
meia noite em paris

O filme Meia-Noite em Paris é um dos maiores êxitos comerciais na carreira de Woody Allen, que encontrou na França, país onde é endeusado por público e crítica, inspiração para uma de suas tramas mais originais e encantadoras. A obra prima do diretor americano está disponível discretamente no catálogo da Netflix.

O personagem central é Gil (Owen Wilson), roteirista de Hollywood que também enfrenta uma crise criativa. Insatisfeito com os rumos de sua carreira, dedicada a escrever filmes descartáveis para a indústria, ele sonha dedicar-se à literatura mais séria. E é durante uma viagem a Paris, em companhia da noiva, a frívola e materialista Inez (Rachel McAdams) que Gil vive uma espécie de surto libertador.

Em uma noite, enquanto vagueia em busca de uma resposta para sua vida, ele é sequestrado de volta à década de 1920, aos chamados anos loucos, numa dimensão paralela a sua realidade onde conhece, em carne e osso, os escritores F. Scott Fitzgerald (e sua mulher Zelda) e Ernest Hemingway, seus ídolos, além dos pintores Salvador Dalí e Pablo Picasso e do cineasta, também espanhol, Luis Buñuel.

Nessa colisão surreal com o passado, Gil vai aos poucos percebendo o ridículo de sua vida, a superficialidade de sua relação com Inez, e decide redesenhar o futuro.

Meia-Noite em Paris é prazer cinematográfico do começo ao fim. Simples e envolvente, o filme te prende durante todo o tempo, e nos agracia com personagens únicos, desde os mais carismáticos, aos mais insuportáveis.

Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original em 2012, o longa é o maior sucesso nas bilheterias de toda a carreira de Allen. Arrecadou US$ 56 milhões nos Estados Unidos e superou Hannah e Suas Irmãs (US$ 40 milhões), Manhattan (US$ 39,9 milhões) e Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (US$ 38,2 milhões), até então os maiores sucessos do diretor.

meia noite em paris cenas

Imagem: Divulgação.

No filme acompanhamos as férias de Gil Pender (interpretado por Owen Wilson), roteirista e aspirante a escritor, com sua noiva e os sogros. Ele sente cansado da vida como produtor de filmes em Hollywood, e vê na cidade luz (Paris) um lugar onde muitos de seus ídolos viveram, uma chance de viver sob uma nova ótica.

Como nem tudo são flores, essas férias se tornam mais chatas com a chegada de Paul Bates (com atuação de Michael Sheen), amigo de sua esposa Inez. Paul é aquela pessoa chata, que sabe de tudo e faz questão de mostrar para todos.

Ao escapar de mais um passeio enfadonho com sua esposa, Gil acaba se perdendo na cidade. Após as 12 badaladas do sino, embarca em uma aventura totalmente inesperada, voltando a Paris do anos de 1920 e encontrando vários daqueles que lhe inspiram, como Ernest Hemingway (interpretado por Corey Stoll) e Zelda Scott Fitzgerald (interpretada por Alison Pill), realizando o sonho de viver um romance parisiense.

Assim, a cada meia-noite é uma oportunidade única de tornar esse sonho cada vez mais real.

O filme é envolvente, fazendo você também ter a vontade de viver aquele romance. Isso aliado a ótimas atuações, um repertório musical repleto de clássicos, desde Sidney Joseph Bechet a Stephane Wrembel. Uma fotografia linda que nos leva a um passeio pelas duas cidades: a Paris moderna e agitada, e a romântica e charmosa do século XX, com seus bistrôs.

No final de tudo, temos um ótimo filme para assistir em um final de semana sozinho ou acompanhado, e que nos faz pensar em como seria uma vida em uma época diferente, idealizando um passado perfeito que só existe em nosso imaginário. Também nos questiona qual o real intuito da arte: ser vivenciada ou simplesmente aprendida?

Sinopse oficial:

Gil Pender é um jovem escritor em busca da fama. De férias em Paris com sua noiva, ele sai sozinho para explorar a cidade e conhece um grupo de estranhos que são, na verdade, grandes nomes da literatura. Eles levam Gil a uma viagem ao passado e, quanto mais tempo passam juntos, mais o jovem escritor fica insatisfeito com o presente.

 

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