Nova pesquisa confirma que dinheiro traz felicidade, sim!

Apesar da antiga expressão afirmar o contrário, um estudo confirmou que o dinheiro pode realmente ''comprar felicidade''; saiba mais

Thaís Muniz
Por Thaís Muniz
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Cena da clássica animação Tio Patinhas, que é considerado o pato mais rico do mundo. Ele mantém grande parte de sua riqueza em uma enorme Caixa-Forte na cidade de Patópolis

Um estudo recente, conduzido pelos renomados cientistas norte-americanos Daniel Kahneman e Matthew Killingsworth e publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, trouxe novas evidências sobre a relação entre dinheiro e felicidade. Os pesquisadores concluíram que a remuneração financeira tem um impacto significativo no bem-estar emocional das pessoas, contribuindo para uma maior sensação de felicidade e satisfação pessoal.

Para validar essas descobertas, o site de relacionamentos Meu Patrocínio realizou uma pesquisa com mais de 42 mil adultos, entre 18 e 65 anos. Os resultados confirmaram que a estabilidade financeira está fortemente associada à felicidade nas relações interpessoais. Segundo os dados, pessoas bem remuneradas tendem a ser mais confiantes e satisfeitas com suas vidas.

O especialista em relacionamentos, Caio Bittencourt, observa que a busca por parceiros financeiramente estáveis tem se intensificado entre jovens mulheres, especialmente através de plataformas como o “sugar dating”. Ele aponta que a falta de estabilidade financeira é um fator significativo nas crises conjugais, contribuindo para uma parcela considerável dos divórcios no Brasil.

Os cientistas Kahneman e Killingsworth utilizaram um aplicativo de smartphone chamado Track Your Happiness para monitorar os sentimentos dos participantes ao longo do dia. A pesquisa revelou que o bem-estar emocional varia consideravelmente entre indivíduos e está diretamente influenciado pelo aspecto financeiro de suas vidas.

Embora o estudo mostre que a renda é importante além de um limite anteriormente considerado, Killingsworth ressalta que não se deve focar exclusivamente no dinheiro. Ele espera que a pesquisa contribua para avançar na compreensão da “equação da felicidade humana”.

Apesar de histórias de ganhadores de loterias que terminaram endividados e de pessoas ricas, mas solitárias, muitos estudos científicos concluem que o dinheiro traz felicidade.

Em estudo de 2010, Kahneman observou que o bem-estar aumenta com a renda até atingir US$ 75 mil por ano. Após esse valor, o efeito desaparece. Killingsworth, em 2021, concluiu que o dinheiro continua aumentando a felicidade muito além dos US$ 75 mil. Em pesquisa conjunta, ambos descobriram que para 80% das pessoas, ganhar mais dinheiro traz benefícios emocionais, mas há um grupo de 20% para o qual rendas acima de US$ 100 mil não fazem diferença.

A questão dos bilionários e milionários também foi abordada. Embora muitos imaginem que grandes fortunas garantam felicidade, os estudos mostram uma realidade diferente.

Muitas pessoas extremamente ricas relatam níveis de felicidade que não diferem significativamente daqueles que possuem rendas menores, uma vez que outros fatores, como relações pessoais e saúde, desempenham um papel crucial no bem-estar.

Além disso, indivíduos com imensas riquezas podem enfrentar desafios únicos, como a gestão de grandes somas de dinheiro, a pressão social e a dificuldade em formar relacionamentos autênticos.

Outros fatores influenciadores

O dinheiro, por si só, não traz felicidade, mas permite coisas que fazem as pessoas se sentirem melhor. Uma forma é gastar dinheiro com outras pessoas. Além disso, boas relações sociais, frequentemente associadas a um status socioeconômico elevado, contribuem para o bem-estar. Pessoas com maior renda, apesar de jornadas de trabalho longas, geralmente têm mais controle sobre a organização do tempo.

O economista Richard Easterlin argumenta que, uma vez atendidas as necessidades básicas, o aumento de renda não eleva o bem-estar. Tempo dedicado à família ou à saúde tem impacto mais duradouro do que o dinheiro.

Estudos recentes também mostram que comunidades com recursos econômicos limitados relatam alta satisfação de vida, sugerindo que a competição em sociedades monetizadas pode influenciar nossa percepção de bem-estar.

A generosidade também está ligada à felicidade. Pesquisa da Universidade de Lübeck, na Alemanha, revelou que pessoas mais generosas são mais felizes. Participantes que usaram seu dinheiro para beneficiar outros demonstraram maior contentamento consigo mesmos.

Caio Bittencourt explica que a generosidade, uma prática constante em relacionamentos Sugar, pode ser aplicada nas relações amorosas para proporcionar experiências gratificantes.

Os pesquisadores concluíram que a simples promessa de se tornar mais generoso é suficiente para desencadear uma mudança no cérebro que torna as pessoas mais felizes, fenômeno descrito pelos neuroeconomistas como “warm glow”.

 

 

 

*Com informações portal Money Report; Época Negócios

 

 

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