Nova pesquisa confirma que dinheiro traz felicidade, sim!

Um estudo recente, conduzido pelos renomados cientistas norte-americanos Daniel Kahneman e Matthew Killingsworth e publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, trouxe novas evidências sobre a relação entre dinheiro e felicidade. Os pesquisadores concluíram que a remuneração financeira tem um impacto significativo no bem-estar emocional das pessoas, contribuindo para uma maior sensação de felicidade e satisfação pessoal.

Para validar essas descobertas, o site de relacionamentos Meu Patrocínio realizou uma pesquisa com mais de 42 mil adultos, entre 18 e 65 anos. Os resultados confirmaram que a estabilidade financeira está fortemente associada à felicidade nas relações interpessoais. Segundo os dados, pessoas bem remuneradas tendem a ser mais confiantes e satisfeitas com suas vidas.

O especialista em relacionamentos, Caio Bittencourt, observa que a busca por parceiros financeiramente estáveis tem se intensificado entre jovens mulheres, especialmente através de plataformas como o “sugar dating”. Ele aponta que a falta de estabilidade financeira é um fator significativo nas crises conjugais, contribuindo para uma parcela considerável dos divórcios no Brasil.

Os cientistas Kahneman e Killingsworth utilizaram um aplicativo de smartphone chamado Track Your Happiness para monitorar os sentimentos dos participantes ao longo do dia. A pesquisa revelou que o bem-estar emocional varia consideravelmente entre indivíduos e está diretamente influenciado pelo aspecto financeiro de suas vidas.

Embora o estudo mostre que a renda é importante além de um limite anteriormente considerado, Killingsworth ressalta que não se deve focar exclusivamente no dinheiro. Ele espera que a pesquisa contribua para avançar na compreensão da “equação da felicidade humana”.

Apesar de histórias de ganhadores de loterias que terminaram endividados e de pessoas ricas, mas solitárias, muitos estudos científicos concluem que o dinheiro traz felicidade.

Em estudo de 2010, Kahneman observou que o bem-estar aumenta com a renda até atingir US$ 75 mil por ano. Após esse valor, o efeito desaparece. Killingsworth, em 2021, concluiu que o dinheiro continua aumentando a felicidade muito além dos US$ 75 mil. Em pesquisa conjunta, ambos descobriram que para 80% das pessoas, ganhar mais dinheiro traz benefícios emocionais, mas há um grupo de 20% para o qual rendas acima de US$ 100 mil não fazem diferença.

A questão dos bilionários e milionários também foi abordada. Embora muitos imaginem que grandes fortunas garantam felicidade, os estudos mostram uma realidade diferente.

Muitas pessoas extremamente ricas relatam níveis de felicidade que não diferem significativamente daqueles que possuem rendas menores, uma vez que outros fatores, como relações pessoais e saúde, desempenham um papel crucial no bem-estar.

Além disso, indivíduos com imensas riquezas podem enfrentar desafios únicos, como a gestão de grandes somas de dinheiro, a pressão social e a dificuldade em formar relacionamentos autênticos.

Outros fatores influenciadores

O dinheiro, por si só, não traz felicidade, mas permite coisas que fazem as pessoas se sentirem melhor. Uma forma é gastar dinheiro com outras pessoas. Além disso, boas relações sociais, frequentemente associadas a um status socioeconômico elevado, contribuem para o bem-estar. Pessoas com maior renda, apesar de jornadas de trabalho longas, geralmente têm mais controle sobre a organização do tempo.

O economista Richard Easterlin argumenta que, uma vez atendidas as necessidades básicas, o aumento de renda não eleva o bem-estar. Tempo dedicado à família ou à saúde tem impacto mais duradouro do que o dinheiro.

Estudos recentes também mostram que comunidades com recursos econômicos limitados relatam alta satisfação de vida, sugerindo que a competição em sociedades monetizadas pode influenciar nossa percepção de bem-estar.

A generosidade também está ligada à felicidade. Pesquisa da Universidade de Lübeck, na Alemanha, revelou que pessoas mais generosas são mais felizes. Participantes que usaram seu dinheiro para beneficiar outros demonstraram maior contentamento consigo mesmos.

Caio Bittencourt explica que a generosidade, uma prática constante em relacionamentos Sugar, pode ser aplicada nas relações amorosas para proporcionar experiências gratificantes.

Os pesquisadores concluíram que a simples promessa de se tornar mais generoso é suficiente para desencadear uma mudança no cérebro que torna as pessoas mais felizes, fenômeno descrito pelos neuroeconomistas como “warm glow”.

 

 

 

*Com informações portal Money Report; Época Negócios

 

 

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Brasil é o terceiro país do mundo em número de animais de estimação

Uma pesquisa recente conduzida pela Quaest revelou que o Brasil é o lar de uma significativa população de animais de estimação, ocupando o terceiro lugar mundial, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Isso significa que, aproximadamente, a cada 10 brasileiros, 7 possuem animais de estimação.

Segundo o estudo, cerca de 72% dos brasileiros possuem pelo menos um pet, totalizando 149 milhões de animais. Cães e gatos lideram como os mais populares, seguidos por aves.

Dos tutores entrevistados, 38% afirmaram ter apenas um pet em casa, enquanto 31% relataram ter dois. Em relação às raças mais comuns, a pesquisa revelou que 32% dos cães e 52% dos gatos são classificados como sem raça definida (SRD), demonstrando a prevalência dos populares vira-latas. Outras raças mencionadas incluem Pitbull, Poodle, Shih Tzu, Pastor Alemão, Pinscher, Yorkshire Terrier, Labrador Retriever, Beagle, entre outros.

A pesquisa também destacou que a saúde dos animais é uma preocupação significativa para muitos tutores. Mais da metade dos entrevistados afirmou gastar mais de R$ 300,00 mensais com seus pets.

Apesar disso, muitos tutores expressaram desejo de levar seus pets ao veterinário com mais frequência, mas cerca de metade já enfrentou dificuldades financeiras que os impediram de realizar tratamentos necessários.

Em contrapartida, os principais motivos para não ter um pet são a falta de espaço em casa (20%), o alto custo (16%) e questões de saúde (16%). Ainda assim, quase 30% dos que nunca tiveram um pet desejam ter um.

A pesquisa traça um panorama detalhado sobre a relação dos brasileiros com seus animais de estimação. Para 93% de quem é ou já foi um tutor, os pets são membros da família. E mais da metade (58%) comemoram os aniversários de seus bichinhos.

O levantamento destaca ainda que metade dos tutores adotou seu pet; desses, 42% resgataram o animal na rua. Os que disseram ter comprado foram 22% (quase metade apontou o desejo por ter uma raça ou um animal específico como motivo para isso), enquanto 28% falaram que ganharam de presente.

A pesquisa foi realizada online entre os dias 17 e 20 de junho, com 1001 entrevistados brasileiros com 16 anos ou mais, garantindo uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

 

 

 

 

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O que acontece com o nosso cérebro quando rezamos?

A oração é uma prática milenar, estimulada por diversas religiões como uma forma de contato direto com Deus, a técnica, além da religião, também pode ser benéfica para o cérebro, como comprovam alguns estudos.

Desde acalmar a mente, regular emoções, melhora de foco e atenção à liberação de neurotransmissores do bem-estar, os efeitos da oração tem sido cada vez mais explorados pela ciência.

Quando se senta para rezar, uma pergunta vem à cabeça: “Como rezar afeta o cérebro e o bem-estar mental?” A equipe do BBC Crowdscience consultou especialistas para tentar entender o que acontece no cérebro das pessoas que rezam e saber se esse mecanismo está necessariamente relacionado a crenças religiosas, ou se talvez possa estar presente naqueles que meditam ou levam uma vida criativa.

O cérebro

O neurocientista Andrew Newberg, diretor de pesquisa do Instituto Marcus de Medicina Integrativa da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, dedica-se a estudar os efeitos da oração e de outras práticas religiosas no bem-estar mental de seus pacientes.

Por meio de ressonâncias magnéticas, sua equipe conseguiu ver as áreas do cérebro que são ativadas no momento em que uma pessoa está rezando.

“Uma maneira comum de rezar é quando uma pessoa repete uma oração específica várias vezes como parte de sua prática. E quando você faz uma ação como essa, uma das áreas do cérebro que é ativada é o lobo frontal”, explicou o especialista à BBC.

Isso não surpreende, já que o lobo frontal tende a se ativar quando nos concentramos profundamente em uma atividade. O que surpreende Newberg é o que acontece quando as pessoas entram no que sentem como “oração profunda”.

“Quando a pessoa sente que a oração está quase tomando conta dela, por assim dizer, a atividade do lobo frontal realmente diminui. Isso ocorre quando o indivíduo relata sentir que não são eles que estão gerando a experiência, mas que é uma experiência externa que está se passando com ele”, disse o pesquisador.

A oração profunda, descobriu Newberg, também gera uma redução na atividade no lobo parietal, na parte mais traseira do cérebro. Essa área recebe informações sensoriais do corpo e cria uma representação visual dele.

Newberg diz que uma redução na atividade do lobo parietal poderia explicar os sentimentos de transcendência reportados por quem reza profundamente: “À medida que a atividade nessa área diminui, perdemos o senso do eu individual e temos esse senso de unidade, de conexão”.

Uma questão de fé?

Para Hillary, a explicação de Newberg faz sentido, e a relaciona com o que sente quando reza: “Suponho que o sentimento de perder o senso de eu individual tenha a ver com essa conexão que sinto com Deus quando estou em oração contemplativa”.

Mas rezar é uma experiência imensamente pessoal: se para Hillary ela pode acontecer sentada em um tronco de árvore ou em uma caminhada na natureza, para outros, pode ser em um diálogo em voz alta com Deus, no silêncio absoluto ou mesmo no canto.

Práticas semelhantes à oração, mas sem qualquer fundamento religioso, poderiam produzir os mesmos efeitos sentidos por aqueles com crenças profundas?

Para Tessa Watt, especialista em práticas de meditação e mindfulness que já trabalhou com centenas de clientes, esse estado pode ser alcançado concentrando a atenção no presente e nas sensações que experimentamos.

“Acredito que tanto o ato de rezar quanto o mindfulness ajudam a tranquilizar uma pessoa, para que ela tenha mais tempo para si mesma e também ative o sistema nervoso parassimpático”, explica Watt.

O sistema nervoso é composto por dois sistemas autonômicos distintos que controlam a maioria das respostas automáticas do corpo.

Por um lado, o sistema simpático regula as chamadas respostas de “luta ou fuga”, aquelas que exigem que o corpo reaja rapidamente a uma ameaça. Por outro lado, as tarefas relacionadas ao “descanso e digestão” ficam a cargo do sistema parassimpático.

“Isso significa que, ao praticar mindfulness, você aprende a acalmar sua resposta de luta ou fuga, tornando-se mais eficiente no controle de suas emoções”, diz Watt.

Relação com Deus

Para algumas pessoas que crescem em ambientes fortemente religiosos, o relacionamento com um deus pode refletir nas relações emocionais com pessoas do entorno, disse à BBC o pesquisador Blake Victor Kent, sociólogo do Westmont College, na Califórnia.

“A oração pode ser benéfica, mas você tem que levar em conta diferentes fatores, especialmente como você se conecta com Deus emocionalmente.”

Blake era pastor e hoje estuda o impacto que a religião tem na vida das pessoas. “Se você vem de um ambiente onde há dificuldade em confiar nos outros, rezar com certeza será mais difícil para você.”

Para entender o que ele diz sobre Blake, devemos falar sobre a teoria do apego, da psicologia: é a ideia de que a relação que os seres humanos têm com seus cuidadores primários define o tipo de relacionamento que eles terão no futuro.

A teoria diz que se você teve um cuidador presente e confiável quando criança, com certeza formará laços adultos “seguros”. Se teve um cuidador inconsistente, como Blake, será difícil estabelecer relações de confiança quando adulto – a confiança é fundamental para o desenvolvimento da fé. Isso pode tornar muito difícil para alguns gerar um relacionamento íntimo com Deus e, se vivem em um ambiente muito religioso, podem se sentir culpados por não serem capazes de desenvolvê-lo.

“Para mim”, diz Blake, “rezar parece vazio, arriscado, incerto”. Blake se define como uma pessoa ansiosa que sofreu muito durante sua carreira como pastor porque sentia que havia algo que ele não fazia bem quando rezava.

“E acho que o mesmo acontece com muitas pessoas em congregações religiosas, o que as faz sentir que estão fazendo algo errado ou que Deus está chateado com elas”, quando rezam e veem que não obtêm os mesmos resultados que todos ao seu redor.

Embora ter uma relação de insegurança com Deus possa ser prejudicial, Blake diz que entender de onde essa insegurança vem pode ajudar. Além disso, os vínculos podem ser modificados por meio da psicoterapia, algo que pode ser positivo para a saúde mental de maneira geral.

Atividades criativas

Segundo o neurocientista Andrew Newberg, sua pesquisa revela que há outros tipos de momentos em que as imagens do cérebro são notavelmente semelhantes às da oração profunda em ressonâncias magnéticas.

“Houve estudos muito interessantes de músicos muito bem treinados que, quando começam a improvisar, diminuem a atividade de seus lobos frontais, e é quase como se a música chegasse até eles da mesma forma que certas pessoas sentem que Deus vem até elas”, disse ele.

“A criatividade pode ser uma prática profundamente espiritual para muitas pessoas, tenham elas uma vida religiosa ou não. E acho que as duas coisas estão relacionadas, porque o cérebro não tem uma área designada apenas para religião.”

Newberg explica que os centros emocionais de nossos cérebros são estimulados por meio de experiências transcendentais, seja falando com Deus ou ouvindo a Nona Sinfonia de Beethoven.

“E, claro, com práticas religiosas e espirituais está mais do que provado que funcionam, se considerarmos a enorme quantidade de tempo que têm sido usadas por humanos e como elas persistem para além de mudanças políticas ou tradições culturais.”

Depois de ouvir os especialistas, Hillary disse à BBC que consegue entender melhor suas experiências e como elas se relacionam umas com as outras.

“Consigo reconhecer que tenho uma experiência parecida, mas diferente, através de todas essas atividades. Quando eu rezo, tenho uma conexão com Deus. Mas quando eu canto e tenho uma sensação semelhante, é uma conexão com a música.”

“Posso dizer que tanto quando falo com Deus, quanto quando canto com o coral, sinto como algo espiritual.”

 

 

 

 

*Fonte: BBC News

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Essas são as 10 músicas mais icônicas do Rock de todos os tempos, de acordo com a ciência

Uma pesquisa realizada pelo cientista Mick Grierson, de Londres, identificou as músicas de rock mais icônicas de todos os tempos. A análise, conduzida pelo professor do UAL Institute for Creative Computing, focou em canções amplamente tocadas em rádios, presentes em discos de vendas expressivas e que atravessaram gerações.

Grierson reuniu diversas listas de “melhores músicas de todos os tempos” de fontes confiáveis para criar uma hierarquia dessas canções. Utilizando um software analítico, a pesquisa examinou diversos parâmetros musicais, como composição lírica, batidas por minuto e estrutura de acordes.

O que faz um Clássico do Rock?

Os resultados mostraram que “Smells Like Teen Spirit” foi a música mais citada nas listas analisadas, garantindo o primeiro lugar no ranking das músicas mais icônicas. A pesquisa também revelou que 80% das músicas icônicas estão em tom maior e possuem um andamento médio de 125 BPM. As mudanças de acordes são mínimas, com alta dissonância timbral, melodias dinâmicas e a repetição frequente de termos como “Baby”, “Feel” e “Love”.

Ao todo, a lista final da pesquisa incluiu 50 músicas (confira aqui). O Top 10 inclui artistas renomados como John Lennon, U2, Michael Jackson e Queen.

Confira a lista:

10ª – Guns N’ Roses – “Sweet Child O’ Mine”

 

9ª – Sex Pistols – “God Save the Queen”

 

8ª – Rolling Stones – “(I Can’t Get No) Satisfaction”

 

7ª – Bob Dylan – “Like A Rolling Stone”

 

6ª – The Beatles – “Hey Jude”

 

5ª – Queen – “Bohemian Rhapsody”

 

4ª – Michael Jackson – “Billie Jean”

 

3ª – U2 – “One”

 

2ª – John Lennon – “Imagine”

 

1ª – Nirvana – “Smells Like Teen Spirit”

 

 

 

*Fonte: site TMDQA

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”Super-Terra” perto do nosso planeta pode ter água e vida, afirmam cientistas

Cientistas do Reino Unido descobriram uma super-terra que pode ter água e vida e estão comemorando. Eles dizem que a descoberta é histórica e que ela fica relativamente próxima da Terra.

Chamada de HD 48948 d, ela está situada em uma região mais distante de seu sol, por isso permite a existência de água líquida, sem que ela congele ou ferva com o calor.

A composição do planeta ainda não foi confirmada, mas o grupo, que publicou os resultados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, identificou que o HD 48948 d tem quase 11 vezes a massa da Terra.

Estrela mais antiga

A estrela é antiga e fica localizada aproximadamente 55 anos-luz da Terra. Os três planetas que a orbitam, completam a volta em 151 dias terrestres.

Por ser laranja, os pesquisadores acreditam que ela seja semelhante ao Sol e representa o sistema planetário mais próximo que pode hospedar uma super-terra habitável.

Além disso, a HD 48948 d possui 67% da massa do Sol e tem vida útil de 11,5 bilhões de anos.

Evidências de vida

Entre os três, o HD 48498 d se destaca. Segundo o grupo da Universidade de Exeter, no Reino Unido, o planeta é um forte candidato a ser uma super-terra.

O fato de ser antiga, contribui para que a vida possa evoluir ao seu redor e a distância orbital faz com que ela fique longe de explosões solares, dizem os cientistas.

“Esta descoberta destaca a importância do monitoramento de longo prazo e de técnicas avançadas para descobrir os segredos de sistemas estelares distantes. Estamos ansioso para continuar as nossas observações e procurar planetas adicionais no sistema”, afirmou Shweta Dalal, líder da pesquisa.

Novos estudos

Agora, o grupo vai seguir com novas investigações para confirmar se a super-terra hospeda ou não uma zona habitável.

Até o momento, não se sabe o real tamanho da Super-Terra e novas pesquisas são necessárias para saber se o planeta não é um mini-Netuno, ou seja, uma bola de gás.

O grupo quer descobrir agora se o planeta é predominantemente rochoso ou aquático, e não gasoso, o que levará mais algum tempo.

 

 

 

 

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Pesquisa aponta que Cães conseguem farejar sinais de traumas em humanos

Cães desempenham papéis cruciais em várias áreas, como farejar doenças, detectar explosivos e auxiliar pessoas com mobilidade reduzida. Agora, um estudo da Universidade Dalhousie, na Nova Escócia, revela que os cachorros conseguem sentir cheiro de memórias relacionadas a traumas do passado, como resultado de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), apenas ao farejar o hálito humano.

Os cães são capazes de identificar sinais físicos de flashbacks traumáticos em humanos e proporcionar conforto, seja através de ”lambeijos” ou cutucões, para lembrar a pessoa de que está em um ambiente seguro. Esta descoberta foi publicada na revista Frontiers in Allergy.

Metodologia do Estudo

A pesquisa teve como objetivo verificar se os cães poderiam ajudar pessoas com TEPT antes da ocorrência de flashbacks, uma vez que já é conhecido que os cães podem intervir antes de crises convulsivas.

O estudo incluiu um grupo de participantes que haviam passado por traumas e que foram expostos a lembretes desses eventos. Entre os indivíduos, 54% atendiam aos critérios clínicos para diagnóstico de TEPT.

Os cientistas analisaram o hálito de 26 participantes, coletando amostras enquanto respiravam calmamente e após relembrarem seus traumas. Os cães foram treinados para diferenciar entre as amostras de hálito calmo e estressado, realizando testes em 52 amostras (26 calmas e 26 estressadas).

Resultados e Conclusões

Os resultados mostraram que um dos cães conseguiu distinguir entre as duas condições em 81% das vezes, enquanto o outro atingiu uma precisão de 74%. Os pesquisadores acreditam que as habilidades dos cães estavam relacionadas à detecção de substâncias químicas no hálito, como hormônios ligados ao estresse e à ansiedade.

Os cientistas notaram que os cães parecem ter diferentes sensibilidades a tipos específicos de hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol. Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores destacam que este foi um estudo de prova de conceito e que são necessários estudos maiores para confirmar a habilidade dos cães em identificar sinais de TEPT através do olfato.

 

 

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Estudo prevê evaporação completa dos oceanos da Terra devido ao Sol mais potente

Um estudo recente, publicado na revista científica Nature, prevê que os oceanos da Terra irão evaporar completamente em um bilhão de anos devido ao aumento gradual da luminosidade solar. A pesquisa, conduzida pelo Laboratório de Meteorologia Dinâmica da França, revisa estimativas anteriores que previam esse evento em um prazo mais curto.

Os cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Científica Francês (CNRS) esclarecem que esse fenômeno é resultado da evolução natural do Sol e não está relacionado ao aquecimento global atual. Com o aumento da luminosidade solar, o fluxo solar médio deverá atingir um nível crítico de 375 W/m², em comparação aos atuais 341 W/m², iniciando um processo irreversível de evaporação dos oceanos.

Esse incremento na radiação solar provocará um aquecimento global contínuo ao longo de centenas de milhões de anos, fazendo com que os oceanos comecem a ferver e intensificando o efeito estufa. Como resultado, a Terra se tornará um ambiente inóspito para a vida.

Enquanto modelos anteriores sugeriam que a Terra poderia se assemelhar a Vênus em 150 milhões de anos, as novas previsões indicam um prazo mais extenso para esse processo.

Além de prever o destino da Terra, os cientistas calcularam a “zona habitável” ao redor de estrelas similares ao Sol. Concluíram que um planeta pode permanecer habitável até cerca de 0,95 unidades astronômicas antes de perder sua água devido ao aquecimento solar.

 

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Bolsistas da Fapeg terão direito à licença-maternidade

Uma nova resolução normativa aprovada pelo Conselho Superior (Consup) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) garante que bolsistas da instituição tenham direito à licença-maternidade. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) e permitirá a prorrogação remunerada da vigência da bolsa em até quatro meses em razão do parto, adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção.

O benefício será válido para bolsas de estudo com duração mínima de 12 meses. Segundo o presidente da Fapeg, Marco Arriel, a resolução busca atender avanços normativos fundamentais para o fomento à ciência. “É um marco importante para avançar na ciência e na tecnologia, ao garantir direitos fundamentais para nossas pesquisadoras”, avalia.

De acordo com o presidente, a resolução promove a igualdade de gênero e assegura que as pesquisadoras possam continuar contribuindo com o desenvolvimento científico sem interrupções em momentos tão significativos de suas vidas.

Segundo divulgado pela Fapeg, a nova resolução pode beneficiar mais de 500 mulheres bolsistas, que representam 56,11% dos contemplados. Além da licença-maternidade, a medida também deve ampliar as modalidades de bolsas e normatizar a concessão em projetos de pesquisa, extensão e inovação.

A resolução também estabelece novas modalidades de bolsas. Entre elas, as de excelência na pós-graduação e de gestão em ciência e tecnologia, com o objetivo de “fortalecer projetos de maior complexidade”.

Pesquisa mostra diferença de até 213% em preços de itens de festas juninas

Os produtos típicos de festas juninas estão com variação nos preços de até 213%. É o que revela um levantamento realizado pelo Procon Goiás nesta terça-feira (18/06). O índice foi encontrado no pacote de canjica amarela (500g), que pode custar de R$ 2,39 a R$ 7,49, ou seja, o triplo do preço.

O segundo produto com diferença é o coco ralado, que pode ser encontrado com 167% de diferença, sendo comercializado de R$ 2,79 a R$ 7,45. O leite de coco aparece na sequência com variação de 166%, com o menor valor de R$ 3,59 e o maior de R$ 9,55.

Nem mesmo o tradicional chapéu de palha ficou de fora das grandes variações. O item apresentou 82% de oscilação, comercializado de R$ 8,48 a R$ 15,49. Vestidos juninos infantis podem ser alugados por preços entre R$ 120 e R$ 220.

O relatório da pesquisa feita pelo órgão também compara os preços deste ano com os verificados em 2023. O leite de coco, por exemplo, apresentou alta de 36%, saindo de um preço médio de R$ 4,59, em 2023, para R$ 6,27 neste ano.

Em contrapartida, o kit com 11 unidades de bandeirolas apresentou queda de 34%, apresentando preço médio de R$23,61, em 2023, e R$15,56 em 2024.

Os valores de outros 85 itens, como fubá de milho, pipoca, amendoim e paçoca, também foram pesquisados em 22 estabelecimentos de Goiânia.

A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.

Nova Inteligência Artificial promete traduzir o que os Cães ”falam”

No início do mês de junho, a BBC News divulgou uma pesquisa revolucionária da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde cientistas estão utilizando inteligência artificial (IA) para interpretar os latidos dos cães, buscando compreender se eles estão expressando alegria ou raiva. Esta inovação promete transformar a forma como as pessoas interpretam a comunicação animal.

Os pesquisadores estão empregando IA para decifrar se um latido representa felicidade ou raiva, além de identificar a idade, o sexo e a raça do animal com base em suas vocalizações. Reaproveitando modelos computacionais treinados na fala humana, os cientistas já avançaram na decodificação da comunicação canina.

Para contornar o desafio de interpretar os latidos, a equipe de cientistas coletou os sons de 74 cães de diferentes raças, idades e sexos em diversos contextos. Estes dados foram inseridos em um modelo de aprendizado de máquina originalmente projetado para analisar a fala humana. A IA foi capaz de identificar com 70% dos latidos.

De acordo com o estudo, “os resultados mostram que os sons e padrões derivados da fala humana podem servir como base para analisar e entender os padrões acústicos de outros sons, como vocalizações de animais”.

Os cientistas afirmam que essas descobertas podem ter “implicações importantes” para o bem-estar animal. Entender melhor as nuances dos vários sons emitidos pelos cães poderiam melhorar a forma como os humanos interpretam e respondem às necessidades emocionais e físicas deles. Esta tecnologia pode, por exemplo, permitir que donos de animais e veterinários identifiquem sinais de desconforto, medo ou alegria, aprimorando o cuidado e a interação com os cães.

A IA poderá ser usada para desenvolver dispositivos que traduzam os latidos em tempo real, facilitando a compreensão dos estados emocionais dos cães e, potencialmente, de outros animais de estimação.

 

 

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Pesquisa revela diferença de até 177% nos preços de presentes para o Dia dos Namorados

Pesquisadores do Procon Goiás encontraram variação de 177% nos preços de presentes para o Dia dos Namorados. O índice foi registrado no buquê de cravos, vendido de R$ 65 a R$ 180. Outra flor chamou a atenção pela variação de preços, chegando a apresentar diferença de mais de 160% entre os estabelecimentos. Foi o caso do vaso de lírios, encontrado por preços entre R$ 23 e R$ 60.

Quem pensa em comprar itens de maquiagem, deve ficar atento. O batom líquido, por exemplo, foi encontrado com oscilação de mais de 150%. O produto, da marca Boca Rosa, tem sido comercializado de R$ 19,90 a R$ 49,90.

Perfumes, que costumam estar entre as principais opções de presente entre os namorados, também apresentaram diferenças consideráveis. A maior delas foi de quase 120% e se deu no frasco de 30 ml do Si Giorgio Eau de Parfum feminino, encontrado por preços entre R$ 319 a R$ 699.

As cestas de café da manhã também estão na lista de maiores variações. O produto, com 50 itens, vem sendo comercializado de R$ 249 a R$ 320. A pesquisa do Procon Goiás foi realizada em 66 estabelecimentos.

Vale lembrar que o Dia dos Namorados será comemorado nesta quarta-feira (12/06). Uma outra sondagem, dessa vez realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia revelou que 70% dos consumidores pretendem presentear nesta data.

Você sabe qual foi a primeira pesquisa feita no Google?

Em 1998, Larry Page e Sergey Brin, então doutorandos da Universidade de Stanford, realizaram a primeira demonstração pública do Google. Eles pesquisaram por “Gerhard Casper”, o então presidente da universidade. Diferente dos motores de busca da época, que frequentemente retornavam resultados irrelevantes, o Google mostrou links precisos para Casper, evidenciando a eficácia de seu algoritmo, até então chamado de ‘’PageRank’’.

A demonstração impressionou investidores e acadêmicos, pavimentando o caminho para o sucesso do Google.

A precisão do Google ao apresentar resultados relevantes para “Gerhard Casper” impressionou John Hennessy, então reitor da faculdade de engenharia, e outros membros do corpo docente. Esta demonstração ajudou a assegurar apoio financeiro e conselhos que foram cruciais para o desenvolvimento e crescimento do Google.

Nome

Inicialmente, o nome dado ao projeto dos fundadores do Google era “BackRub”, que usava o algoritmo de ranking apelidado de PageRank. Entretanto, Page e Brin decidiram trocar o nome para o Google, que por sua vez é uma referência ao termo matemático “gogol” ou “googol”, que designa o número 1 seguido pelo número 0 cem vezes.

O Google transformou a busca na web com o PageRank, superando os concorrentes. Antes do Google, motores de busca classificavam páginas principalmente pela frequência de palavras-chave, resultando em resultados irrelevantes. O algoritmo PageRank do Google introduziu um novo método, avaliando a quantidade e qualidade dos links que apontavam para uma página, além do contexto das palavras-chave. Isso melhorou significativamente a relevância dos resultados e diferenciou o Google dos concorrentes.

A origem e ascensão do Google

De um projeto universitário a uma gigante da tecnologia, o Google transformou a maneira como buscamos informação. O buscador começou como um projeto de pesquisa de Larry Page e Sergey Brin em Stanford, inicialmente chamado “BackRub”. Em 1996, o Google foi ao ar e, em setembro de 1997, o nome foi oficialmente registrado. A empresa recebeu seu primeiro grande investimento de US$ 100 mil em 1998, iniciando um período de rápido crescimento.

Com investimentos significativos, o Google rapidamente se tornou líder no mercado de buscas. A partir de 1998, o Google atraiu investimentos substanciais, culminando na abertura de capital em 2004. Isso permitiu a venda de ações e consolidou a posição do Google como líder no mercado de buscas, transformando-se em um dos principais nomes da tecnologia mundial.

O Google chegou oficialmente ao Brasil no início dos anos 2000, quando o domínio “google.com.br” conseguiu ser registrado.

 

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Esses alimentos poderosos te ajudam a combater a obesidade

A obesidade é um distúrbio que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, trazendo consigo uma série de problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. Preveni-la é essencial para uma vida mais saudável e, felizmente, existem alguns alimentos saborosos que são aliados nesse desafio: o pequi e o vinho.

Conforme resultados da pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esses dois alimentos, além de deliciosos, são poderosos aliados no combate à obesidade e outras doenças metabólicas por possuírem ácido gálico. O estudo indica que esse ácido (presente no pequi, no vinho, na uva e, em menores quantidades, no café) pode ajudar na queima de gorduras, contribuindo para a redução do colesterol.

 

Alimentos poderosos

O pequi, o superfruto do cerrado brasileiro, é bastante apreciado na culinária regional e conhecido no Brasil inteiro por possuir um sabor muito característico. Ele não é apenas saboroso, mas também extremamente nutritivo. Além de ser rico em ácido gálico, que ajuda no controle do colesterol e na prevenção do ganho de peso, esse alimento também possui Ômega-9, vitaminas A, C, E, B1 (tiamina), B2 (riboflavina) e B3 (Niacina).

Já o vinho, é uma bebida milenar, originária da região do Cáucaso, produzida a partir da fermentação da uva. Sérgio Henrique Sousa Santos, doutor em Ciências Biológicas, salienta que a bebida ajuda no controle da hipertensão. Além de ser rica em ácido gálico, também possui bastante resveratrol, composto vegetal que possui propriedades antioxidantes.

Dessa forma, o vinho ajuda a queimar gorduras, prevenir o envelhecimento e melhorar o metabolismo.“Existem estudos que indicam que o consumo regular de uma taça de vinho, diariamente, pode queimar calorias até o equivalente a 30 minutos de caminhada. Então, um vinho tinto de qualidade (sem açúcar, feito de uvas boas) pode ser um aliado […] se for consumido com moderação”, afirma o doutor Sérgio Santos. Então, aposte sem medo em uma boa taça de vinho durante o jantar, para finalizar seu dia mais feliz e saudável. 

 

Descubra como foi realizada a pesquisa

O estudo começou em 2012, realizado em camundongos que foram induzidos à obesidade através de dietas ricas em gorduras e açúcar. Após os camundongos atingirem a obesidade, eles receberam ácido gálico por mais de 30 dias.

Segundo o professor e coordenador do estudo Sérgio Henrique Sousa Santos, doutor em Ciências Biológicas e pós-doutor em Ensaios Farmacológicos: “Os principais resultados que observamos é que o uso do ácido gálico em modelos animais de doenças metabólicas, especialmente, obesidade, diabetes e colesterol elevado, pode proporcionar benefícios e reduzir parâmetros associados com estas doenças. O ácido gálico diminui o colesterol LDL em camundongos obesos e reduz a gordura, ativando a termogênese, que é a produção de calor através da queima do estoque de gordura do tecido adiposo”.

Os resultados foram promissores: houve redução de peso corporal e melhora nos níveis de glicemia, mostrando que a ativação da queima calórica pode ser benéfica. Essas descobertas abrem novas perspectivas para testes em humanos, com o objetivo de comprovar que o consumo regular de alimentos ricos em ácido gálico pode melhorar a saúde e a qualidade de vida.

A pesquisa da Unimontes mostra que alimentos funcionais, como o pequi e o vinho, têm um grande potencial para promover a saúde e prevenir doenças metabólicas. Escolher bem o que colocamos no prato pode ser um passo importante para uma vida mais saudável e cheia de sabor.

Estudos descobrem proteínas no sangue capazes de detectar câncer com 7 anos de antecedência

Pesquisadores da Oxford Population Health descobriram proteínas presentes no sangue que podem indicar risco de diferentes tipos de câncer com mais de sete anos de antecedência. A descoberta foi publicada no último dia 15, na revista científica Nature Communications.

Os achados incluíram 618 proteínas ligadas a 19 tipos diferentes de câncer, incluindo 107 proteínas em um grupo de pessoas cuja amostra de sangue foi recolhida, pelo menos, sete anos antes do diagnóstico do tumor. Para os pesquisadores, essas proteínas podem estar envolvidas nas fases inicias do câncer.

Com essas descobertas, a equipe acredita que algumas dessas proteínas poderiam ser usadas para detectar o câncer de forma ainda mais precoce do que possível atualmente, ajudando em um tratamento mais efetivo e, até mesmo, na prevenção do seu desenvolvimento.

Como o estudo foi feito?

Para realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada proteômica, que permite que os cientistas analisem um grande conjunto de proteínas em amostras de tecidos de uma só vez. Com isso, é possível ver como elas interagem entre si e encontrar diferenças importantes nas proteínas entre diferentes amostras de tecidos.

A pesquisa foi dividida em dois estudos: no primeiro, os cientistas analisaram amostras de sangue do UK Biobank — banco de dados do Reino Unido — que foram colhidas de mais de 44 mil pessoas, incluindo 4.900 indivíduos que foram diagnosticados com câncer posteriormente.

Através da proteômica, foi possível analisar um conjunto de 1.463 proteínas de uma única amostra de sangue de cada pessoa. Os pesquisadores compararam as proteínas de pessoas que foram diagnosticadas com câncer com as que não foram, com o objetivo de procurar diferenças entre elas e descobrir quais poderiam estar associadas ao risco de desenvolver a doença.

Nesse primeiro momento, os pesquisadores identificaram 182 proteínas que diferiam no sangue dos participantes com câncer três anos antes do diagnóstico.

No segundo estudo, os cientistas analisaram dados genéticos de mais de 300 mil casos de câncer para se aprofundarem nas proteínas do sangue que estavam envolvidas no desenvolvimento da doença e que poderiam ser alvo de novos tratamentos.

Os cientistas encontraram 40 proteínas no sangue que influenciaram no risco de uma pessoa contrair nove tipos diferentes de câncer.

“As descobertas desta investigação são o primeiro passo crucial para oferecer terapias preventivas, que é o caminho definitivo para proporcionar às pessoas vidas mais longas e melhores, livres do medo do câncer”, avalia Iain Foulkes, Diretor Executivo de Pesquisa e Inovação da Cancer Research UK, que financiou o estudo.

Mais estudos são necessários

Apesar dos achados, a equipe de pesquisadores enfatiza que são necessários mais estudos para descobrir o papel exato dessas proteínas no desenvolvimento do câncer.

Além disso, uma maior investigação poderia auxiliar a entender quais são as melhores proteínas para realizar novos testes, quais testes poderiam ser desenvolvimento para detectar essas proteínas de forma clínica e quais medicamentos poderiam ser alvo desses componentes.

“Para salvar mais vidas do câncer, precisamos de compreender melhor o que acontece nas fases iniciais da doença. Dados de milhares de pessoas com câncer revelaram informações realmente interessantes sobre como as proteínas no nosso sangue podem afetar o risco da doença. Precisamos estudar essas proteínas em profundidade para ver quais delas poderiam ser usadas de forma confiável para prevenção”, afirma Karen Papier, epidemiologista nutricional sênior da Oxford Population Health e co-autora do primeiro estudo, em comunicado à imprensa.

“Para podermos prevenir o câncer, precisamos de compreender os fatores que impulsionam as fases iniciais do seu desenvolvimento. Estes estudos são importantes porque fornecem muitas pistas novas sobre as causas e a biologia de vários cânceres, incluindo informações sobre o que está a acontecer anos antes de um câncer ser diagnosticado”, completa Ruth Travis, epidemiologista molecular sênior da Oxford Population Health e autora sênior de ambos os estudos.

 

 

*Fonte: CNN Brasil

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Estudo alerta para riscos de perda auditiva em adolescentes pelo uso frequente de fones de ouvido

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) destaca os impactos negativos do uso frequente de fones de ouvido na saúde auditiva dos adolescentes. O estudo, que examinou os hábitos de uso desses dispositivos entre jovens, concluiu que muitos adolescentes correm o risco de sofrer perda auditiva já no início da fase adulta, caso não alterem seus hábitos.

A pesquisa entrevistou 249 crianças de uma escola pública em São Paulo, sendo 139 meninos e 110 meninas, com idades entre 10 e 17 anos. A partir dos questionários, os pesquisadores entenderam como e quando esses adolescentes utilizavam os fones de ouvido.

“Descobrimos que as meninas usam fones de ouvido por mais tempo, enquanto os meninos os utilizam em volumes mais altos. Ambos preferem o tipo mais prejudicial: o fone de ouvido oclusivo”, explica o pediatra Manoel de Nóbrega, autor do estudo e presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

A pesquisa revelou que uma grande parte dos adolescentes ouve música e assiste a vídeos em volumes superiores ao recomendado. Cerca de 28% das meninas e 35,8% dos meninos admitem exagerar na intensidade do som. Esse hábito, se mantido, pode levar à perda auditiva permanente e zumbidos em até cinco anos, especialmente se o volume excessivo for usado por mais de uma hora diariamente.

O uso prolongado de fones de ouvido não só afeta a audição, mas também pode aumentar o risco de infecções. Conforme o médico, após uma hora de uso, o número de bactérias na região do ouvido pode aumentar até 700 vezes. “Se o seu ouvido coça demais, pode ser que você tenha contraído algum tipo de infecção. Fone de ouvido é igual a uma escova de dentes: nunca se deve compartilhar com outras pessoas”, conclui o pediatra.

Orientações

Os jovens entrevistados frequentemente usam fones intra-auriculares por mais de uma hora por dia e em ambientes ruidosos, como transporte público. Esses são hábitos que agravam os riscos à saúde auditiva. Por isso, o especialista recomenda que os adolescentes adotem fones que cobrem as orelhas e possuem cancelamento ativo de ruído, além de evitar o uso de fones em ônibus, trens ou metrôs. Ele também sugere consultas regulares com um otorrinolaringologista para monitorar a saúde auditiva.