Procissão do Fogaréu: entenda a importância histórica de uma das mais bonitas e tradicionais expressões culturais de Goiás
A procissão já acontece na Cidade de Goiás há 2 séculos,
Às 0h da quinta-feira da Semana Santa, os postes de luz do Centro Histórico da cidade de Goiás (GO) se apagam. Ao som de tambores e à luz de tochas, tem início a Procissão do Fogaréu.
Tradição na cidade desde 1745, o ritual simboliza a procura e a prisão de Cristo. Cerca de 45 homens encapuzados, os farricocos, que representam os soldados romanos, carregam as tochas enquanto um coro entoa cantos em latim.
A procissão é acompanhada por aproximadamente 10 mil pessoas. Ela parte do Museu de Arte Sacra da Boa Morte, passa pela Igreja do Rosário (representando o local da última ceia) e chega até a Igreja de São Francisco de Paula, que faz o papel do Monte das Oliveiras, onde Cristo foi preso.
A partir daí, o estandarte com a imagem de Jesus é carregado por um dos farricocos, simbolizando sua captura. A cerimônia dura cerca de uma hora.
O momento mais emocionante é a prisão de Jesus. O toque do clarim anuncia o fim da perseguição. O instrumento se torna o único som na cidade por alguns segundo, silenciando toda multidão.
Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Goiás, a representação da perseguição e prisão de Jesus Cristo é realizada sempre nas primeiras horas da quinta-feira da semana santa.
A procissão foi introduzida pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos há mais de dois séculos e foi retomada na década de 1960.
Esse ano já está confirmada essa festividade. Saiba detalhes clicando AQUI.
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Fotos: Marcos Alleotti