Goiânia é o tesouro arquitetônico do modernismo brasileiro

Goiânia, capital do estado de Goiás, é um verdadeiro tesouro arquitetônico que reflete o brilhantismo do movimento modernista no Brasil. Fundada em 1933, a cidade surge como um projeto visionário concebido pelo renomado arquiteto Atílio Corrêa Lima, cuja inspiração nos princípios do movimento modernista trouxe à vida uma metrópole que une funcionalidade, racionalidade e beleza estética.

O planejamento urbano de Goiânia, carinhosamente apelidada de “Cidade Planejada”, é um exemplo notável de como a visão modernista foi habilmente incorporada à paisagem urbana. Suas amplas avenidas, praças arborizadas e um sistema viário meticulosamente concebido não apenas refletem um cuidado singular com o espaço público, mas também demonstram uma organização urbana exemplar que visa a promover uma convivência harmoniosa entre seus habitantes e o meio ambiente.

A cidade de Goiânia não é apenas um marco da arquitetura moderna brasileira, mas também uma fonte de inspiração para outras localidades que buscam desenvolver projetos urbanos sustentáveis e esteticamente agradáveis. Sua abordagem inovadora e pioneira tem sido objeto de estudo e admiração, destacando-se como um modelo a ser seguido no campo do planejamento urbano.

Além disso, o legado arquitetônico de Goiânia não se limita apenas aos edifícios emblemáticos e espaços públicos, mas também se estende aos detalhes, como o cuidado com o paisagismo e a integração de elementos naturais à estrutura urbana. Essa atenção aos detalhes confere à cidade uma atmosfera única, onde a modernidade convive em perfeita harmonia com a natureza.

Em suma, Goiânia é muito mais do que uma simples capital estadual; é uma obra-prima da arquitetura modernista, um testemunho vivo da visão e do talento de seus criadores, e um exemplo inspirador de como o planejamento urbano pode moldar o futuro das cidades de forma positiva e sustentável.

Ao percorrer as ruas de Goiânia, é possível apreciar edifícios icônicos que representam o modernismo em sua essência. Um exemplo marcante é o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual. Projetado por Atíllio Corrêa Lima, o edifício apresenta elementos arquitetônicos modernistas, como linhas retas, janelas amplas e uma fachada imponente. O Teatro Goiânia, outro destaque arquitetônico, também exibe a influência do modernismo, com sua estrutura elegante e linhas geométricas.

Além dos edifícios públicos, bairros residenciais como o Setor Oeste são verdadeiros símbolos do modernismo em Goiânia. Com casas e prédios de design arrojado, esse bairro se destaca pelo equilíbrio entre a arquitetura moderna e a integração com a natureza, proporcionando amplos jardins e espaços de convivência ao ar livre. É uma verdadeira harmonia entre o ambiente urbano e o natural.

Outro arquiteto que deixou sua marca no modernismo em Goiânia foi Lucio Ferrari Pinheiro. Projetos como o Edifício Parthenon, com linhas limpas, formas geométricas e uso criativo de materiais, contribuem para a preservação do patrimônio arquitetônico modernista e deixam uma marca única na paisagem urbana de Goiânia.

Contudo, o modernismo na arquitetura de Goiânia vai além dos edifícios históricos e se estende a obras mais contemporâneas. Um exemplo notável é o Centro Cultural Oscar Niemeyer, inaugurado em 2006. Projetado pelo renomado arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, o complexo é uma verdadeira joia do modernismo brasileiro. Com seu design arrojado e formas sinuosas, o Centro Cultural atrai visitantes devido à sua beleza arquitetônica única.

O Arte Décor

O Arte Décor em Goiânia é um movimento artístico que deixou uma marca indelével na arquitetura da cidade. Inspirado no Art Déco e no Modernismo, o estilo Arte Décor se destaca por suas linhas elegantes, detalhes ornamentais e uso criativo de materiais. Durante o período de desenvolvimento da cidade, nas décadas de 1930 e 1940, diversos prédios públicos e residenciais foram construídos seguindo essa estética, conferindo a Goiânia um rico acervo arquitetônico. Os edifícios históricos do centro da cidade, como o Grande Hotel, o Coreto da Praça Cívica, o Lyceu de Goiânia,, são exemplos notáveis desse estilo, apresentando fachadas elaboradas, elementos decorativos e uma atmosfera sofisticada que transportam os visitantes para uma época de glamour e refinamento.

Além dos edifícios históricos, o estilo Arte Décor também se faz presente em diversos estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e lojas em Goiânia. Esses espaços são cuidadosamente decorados, com móveis e objetos de design que remetem à época do movimento. O Arte Décor em Goiânia representa não apenas um estilo arquitetônico, mas também uma parte importante da história da cidade, preservando sua identidade cultural e encantando moradores e visitantes com sua beleza atemporal.

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Praça do avião tem uma igreja que é um epicentro da arquitetura modernista e da devoção religiosa em Goiânia

A Igreja Nossa Senhora de Fátima, situada na praça do avião, é um notável marco de devoção e vanguarda arquitetônica na cidade de Goiânia. Localizada no coração da capital goiana, a praça do avião é conhecida por abrigar uma réplica em tamanho real da aeronave 14-Bis, de Santos Dumont, tornando-se um ponto de referência emblemático para moradores e visitantes.

A construção da igreja não apenas representa a profundidade da fé, mas também reflete uma determinação em romper com os padrões tradicionais de arquitetura, abraçando a inovação e a modernidade. Em meio ao dinamismo urbano e desenvolvimento acelerado, esse edifício sagrado desempenha um papel fundamental na identidade cultural e religiosa da comunidade local.

Sintonizada com o movimento modernista em ascensão, a Igreja Modernista de Goiânia destaca-se por sua abordagem arquitetônica audaciosa e pioneira. Incorporando elementos característicos desse movimento, como design arrojado, integração de espaços, e o uso inventivo de materiais como vidro e aço, a igreja não só se distingue como uma expressão singular de arte e arquitetura, mas também reafirma sua importância como centro cultural e espiritual para a comunidade.

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Historia :

A Igreja Nossa Senhora de Fátima na Praça do Avião é um marco religioso e cultural importante situado em um dos pontos emblemáticos da cidade. Consagrada à Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora de Fátima, a igreja é um lugar de devoção e encontro espiritual para os fiéis da região. A Arquidiocese de Goiânia foi criada pelo Santo Padre Pio XII, em 26 de março de 1956, pelo documento pontifício (bula) Sanctissima Christi Voluntas. Nessa data, Goiás constituía um só Estado, juntamente com os atuais Distrito Federal e Estado do Tocantins. Numa extensão tão grande havia, apenas, as seguintes circunscrições: Arquidiocese de Goiás, Diocese de Porto Nacional, prelazias de Jataí, São José do Alto Tocantins (Niquelândia), Ilha do Bananal e Tocantinópolis. Em 1955, Dom Emanuel Gomes de Oliveira, arcebispo de Goiás, convocou uma reunião com a Província Eclesiástica de Goiás para um estudo, com a finalidade de fazer uma revisão da divisão eclesiástica do Estado e oferecer à Santa Sé, o pedido de reestruturação das dioceses, com a possível supressão de algumas e a criação de outras. Dom Emanuel não chegou a presidir essa reunião, pois faleceu dia 12 de maio daquele ano. Os bispos, reunidos por ocasião do sepultamento do arcebispo em Goiânia, fizeram o plano e o pedido. Com a criação da nova arquidiocese, a cidade de Goiânia tornou-se o centro de sua sede e concentrou atividades pastorais e administrativas para a região. Desde então, a Arquidiocese de Goiânia tem desempenhado um papel essencial na vida religiosa e na evangelização da população em Goiás, buscando promover a fé católica e contribuir para o desenvolvimento espiritual e social da comunidade.

A localização da igreja na Praça do Avião pode ter uma significância histórica, sendo inaugurada em 1969 como forma de homenagem e preservação da memória do antigo aeroporto de Goiânia. Isso porque o local em que hoje está a praça era o centro das pistas onde pousavam e decolavam os aviões. O local passou por uma grande revitalização em 2013 com a restauração da réplica do Avião 14-Bis, que fica no centro da praça. Essa associação inspirou a construção da igreja no local, buscando abençoar os viajantes e trabalhadores da aviação, bem como oferecer um lugar de oração e conforto para a comunidade local.

O rápido processo de urbanização trouxe novas demandas, de form mais ágil para cumprir as exigências da evangelização. Dom Fernando assumiu a nova arquidiocese e convocou as forças vivas que estavam dispersas. E uniu-as e coordenou-as, começando a criar a mística da missão entre os fiéis. Direcionou a Romaria do Divino Pai Eterno, confiada já aos padres redentoristas, a quem apoiou e orientou para que a vida das romarias se distinguisse da vida paroquial. E, assim, a pastoral do Santuário foi tomando feições novas de Pastoral das Romarias.

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Ações :

A igreja da grande ênfase as ações social da Igreja arquidiocesana, com o fortalecimento das pastorais sociais, implantou a Feira da Solidariedade que foi realizada em oito edições anuais e agora se integra à Jornada da Cidadania, junto com a PUC Goiás. E foi também sob seu pastoreio que o Santuário do Divino Pai Eterno alcançou o reconhecimento pontifício e tornou-se Basílica Menor. Dom Washington acompanha de perto as ações que os Redentoristas empreendem no sentido da construção da nova Basílica em Trindade.

Serviços :

Localização – Av. Pires Fernandes, Qd. 42 – A , Lt. 10 a 12 – St. Aeroporto – 74070-030 – Goiânia – GO

E-mail: [email protected].

Telefone : (62) 3213-4555 / (62) 99901-9857(WhatsApp)

Expediente da Secretaria :

3ª a 6ª-feira: 8h às 12h e 13h30 às 17h30 /Sábado: 8h às 11h30

Missas :

Domingo: 7h30, 9h30 e 19h

2ª a 6ª feira: 7h e 19h

Sábado: 7h

Confissões: 3ª e 5ª-feira: 14h30 às 16h /Sábado: 9h30 às 11h.

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Prédio modernista no coração do Lago das Rosas guarda legado apaixonante

O antigo edifício da Celg, com projeto modernista  assinado por renomadas personalidades como o Engenheiro Oton Nascimento e o arquiteto Gustav Ritter, foi erguido na década de 1950. Localizado próximo ao Lago das Rosas, este marco arquitetônico reflete os ideais modernistas que impulsionaram o desenvolvimento da nova capital de Goiás.

Parte da missão evangelizadora em Goiás, o Frei Nazareno Confaloni deixou sua marca na cidade ao chegar em 1952. Uma de suas obras mais marcantes foi exposta na entrada do antigo prédio da Celg. Este imenso painel, com dimensões exatas de 9/4 metros, intitulado “Energia Elétrica: a origem, a invenção e o usufruto”, impactou a população pela sua estética futurista e modernidade.

Assinado por Confaloni, o painel retrata a transição da força do cavalo para a velocidade dos maquinários, simbolizando a migração do mundo selvagem para a era moderna. Encomendada pelo Governo de Goiás para representar o trabalho da Central Elétrica de Goiás (CELG), esta obra é um testemunho vivo da transformação e progresso que marcaram a história da região

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Imagem: reprodução Lucas Jordano via CAU-GO

Na época de construção do antigo edifício existiam diferentes limitações, tanto financeiras quanto tecnológicas e de mão de obra especializada. Indo contra as probabilidades, a obra de Confaloni junto a construção de nomes como Gustav Ritter desenhou um dos maiores feitos da arquitetura modernista em Goiânia. O uso dos brises em uma construção de grande escala atraía muitos olhares. O desenho dos quebra-sóis desenhou aquilo que seria a fachada do prédio.

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Imagem: reprodução Ruy Rocha via CAU-GO

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Em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, a CELG foi privatizada. O edifício foi vendido para quatro empresas: Construtora e Incorporadora Santa Teresa, Construtora e Incorporadora Merzian, Oliveira Melo Engenharia, e Construção e Linknet Tecnologia e Telecomunicações. A ideia era demolir o prédio para a construção de um shopping. Locado pelo Estado, o prédio sediou a Secretaria Estadual de Educação (SEDUCE) até 2018.

Desta forma, cabe a Secretaria de Cultura (Secult-GO) a condução do tombamento deste edifício, sendo a conservação do prédio de responsabilidade das empresas proprietárias. O prédio foi tombado apenas de forma provisória, uma vez que ele se encontra em um visível estado de deteriorização.

O painel com a obra de Frei Confaloni encontra-se depredada, alvo de vandalismo desde o abandono do prédio. No ano de 2020, o CAU-GO (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás) emitiu uma nota de repúdio encaminhado a 15° Promotoria de Justiça de Goiânia contra a demolição do prédio.

Prédio da Celg na atualidade

O Conselho foi contra apagar da memória de Goiás uma parte integral tão importante da história do estado. A obra de Confaloni marcou os passos daquele que seria responsável por desenvolver patrimônios tão importantes em Goiânia, como a Estação Ferroviária.

As notificações da Secult voltaram após os endereços das empresas proprietárias serem declarados como inexistentes. As empresas entraram em contato com a Secretaria através de contestações.

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Imagem: reprodução Ruy Rocha via CAU-GO

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Prédio histórico na Avenida Goiás guarda história de sucesso, progresso e orgulho da sociedade goiana

Ao caminhar pela majestosa Avenida Goiás, no coração de Goiânia, em frente à imponente Praça do Bandeirante, é impossível não ser envolvido pela aura histórica que emana do antigo prédio do Banco do Estado de Goiás (BEG). Esta construção, cujas fundações foram lançadas na década de 1960, testemunha um período efervescente na história política e cultural da cidade.

Situado em um ponto estratégico da Avenida Goiás, o edifício do antigo BEG é mais do que um marco arquitetônico; é um símbolo da ascensão do modernismo na capital goiana. Sua presença imponente e sua estrutura singular são testemunhos vívidos do desenvolvimento e progresso que caracterizaram Goiânia naquela época.

A construção do BEG representa não apenas um capítulo na história da arquitetura goiana, mas também um reflexo dos valores e aspirações da sociedade da época. Com seus traços modernistas e sua localização estratégica, o prédio continua a cativar a imaginação dos que passam por ali, lembrando-nos do legado histórico que moldou a cidade que conhecemos hoje.

Predio é um icone do centro de Goiânia

A construção do edifício, iniciada em 1961 e concluída em 1964, ocorreu durante o governo de Mauro Borges, um momento de crescimento e desenvolvimento sem precedentes para Goiás. Foi um período de inovações estruturais, marcado pelo surgimento de novos órgãos administrativos, impulsionados significativamente com a inauguração do prédio sede do BEG.

A arquitetura do prédio, idealizada pelos talentosos Eurico Calixto de Godoi e Elder Rocha Lima, não só incorporava o espírito inovador da época, mas também trazia uma lufada de modernidade europeia para Goiânia, sendo o primeiro prédio da cidade a ter ar-condicionado central, conforme destacou o poeta e cronista Luiz de Aquino, nossa fonte para desvelar os detalhes dessa história rica e multifacetada.

Segundo o historiador,  o prédio quebrou paradigmas em sua época, elevando-se como a referência da modernidade em Goiânia. Um marco indiscutível, ele era um espetáculo de vidros estilo Ray-Ban, um material importado diretamente da Holanda ou Suécia,. “Foi uma obra cara, mas muito badalada, muito festejada,” destaca Aquino.

Esta grande figura cultural, que é também membro da Academia Goiana de Letras, lança luz sobre uma Goiânia que se ergueu valentemente, um território rico em histórias que se escondem por trás dos grandes prédios e figuras políticas da época. Aquino, que em 1994 publicou “Nossa Gente, Nossa História”, nos proporciona uma viagem no tempo para reviver a época dourada da capital.

Infelizmente, o progresso que a cidade estava vivenciando encontrou um obstáculo em 1964, com a ocorrência do golpe militar que travou o crescimento dinâmico da região. Contudo, o prédio BEG permaneceu, e ainda permanece, como um testemunho sólido da visão progressista e do espírito inovador daquele tempo.

Ao revisitar a Praça do Bandeirante e o prédio que já foi conhecido como Edifício Estadobanco e mais tarde como Edifício Banco do Estado de Goiás, somos transportados para uma época de grandeza e sonhos, uma época em que Goiânia estava pronta para abraçar o futuro.

Hoje, o prédio não é apenas um patrimônio arquitetônico, mas também uma representação vívida de uma era de ouro, um símbolo do que Goiânia foi e ainda aspira a ser. A sua presença continua a inspirar, demonstrando que a cidade tem raízes profundas na inovação e na busca constante por crescimento e desenvolvimento.

Agora, ao comemorar o seu 60° aniversário, o edifício se mantém não apenas como um testemunho da história viva de Goiânia, mas como uma verdadeira obra de arte arquitetônica, um marco que encanta e inspira a todos que têm a sorte de conhecê-lo. Uma verdadeira jóia de Goiânia, que guarda em suas estruturas as memórias e aspirações de uma cidade vibrante e cheia de vida.

Com o passar dos anos, o Prédio Sede da BEG evolui, mas sua essência permanece intacta, um verdadeiro monumento à determinação e ao espírito de inovação de Goiânia. Uma visita ao prédio não é apenas um passeio pela história, mas uma jornada ao coração da cultura goianiense.

Um Legado Perene

Prédio comemora 60 anos em 2024

Prédio comemora 60 anos em 2024

O antigo prédio do BEG é mais que um monumento; é uma janela para um período dinâmico e progressista da história de Goiânia. Representa uma época de crescimento, modernização e de uma visão futurista.

Ao revisitar essa construção icônica, percebemos que a herança de Mauro Borges persiste, não apenas na estrutura física da cidade, mas na estrutura administrativa que ainda hoje sustenta Goiás. Uma verdadeira viagem no tempo que nos permite apreciar a grandiosidade de um período que, mesmo após tantos anos, continua a reverberar com energia e inovação.

Ao olhar para o prédio do antigo BEG, estamos não apenas recordando um marco histórico, mas também reconhecendo a vibrante trajetória de Goiânia, uma cidade que soube, e ainda sabe, se reinventar.

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Programação de Natal do Flamboyant ganha reforços encantadores

Goiânia se destaca como um vibrante centro de festividades natalinas, oferecendo uma gama de eventos que celebram a temporada com alegria e espírito comunitário. A cidade se torna um espetáculo de luzes com grandes espetáculos.  Um dos eventos culturais  de destaque está no Parque Vaca Brava proporcionado entretenimento diversificado, atraindo famílias de toda a região para desfrutar de momentos de lazer e confraternização.

O “Natal do Bem” é uma iniciativa que une a celebração festiva com ações solidárias, marcando Goiânia como um exemplo de generosidade natalina. Este evento simboliza o espírito de generosidade típico da época, envolvendo os cidadãos em atividades de arrecadação e distribuição de donativos, reforçando a importância da união e do cuidado mútuo. Além disso, o evento, que está localizado no Centro Cultural  Oscar Nieymeier, tem uma imensa programação cultural e decoração de Natal aberta a visitação. Este ano, o espetáculo é o segundo maior do Brasil com mais de 400 atrações.

As feiras temáticas de em Goiânia também se tornam  um ponto de encontro para os entusiastas de festas, oferecendo artesanato local e produtos regionais, além de criar um ambiente festivo para a comunidade se reunir e compartilhar tradições natalinas.

Ampliando a celebração, o Flamboyant Shopping Center se destaca como um destino de Natal em Goiânia com sua decoração “Fábrica de Biscoitos Flamboyant” e uma iluminação externa encantadora, prometendo tornar as visitas uma experiência única e memorável.

Programação Natalina no Flamboyant

Maíra Garcia, gerente de marketing do Flamboyant, destaca a inspiração por trás da decoração: “Nosso desejo é proporcionar momentos inesquecíveis. As áreas internas e externas, já populares para registros fotográficos, serão cenários ainda mais atrativos este ano.”

Destaques no Flamboyant Shopping Center

  1. Presença do Personagem Ginger: O adorável biscoito de gengibre, Ginger, estará na Praça da Cúpula – piso 1, interagindo e posando para fotos com visitantes até 20 de dezembro.
  2. Cantata de Natal: Em 19 de dezembro, às 19h30, no piso 3, a Cantata de Natal contará com a performance do coral Vozes do Natal, apresentando clássicos natalinos.

Agenda de Eventos no Flamboyant

  • Ginger
    • Até 20 de dezembro; segundas, quartas e domingos.
    • Local: Praça da Cúpula – piso 1.
  • Cantata de Natal by Vozes do Natal
    • Data: 19 de dezembro, às 19h30.

Local: piso 3, em frente à Kopenhagen

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Prédio é um verdadeira jóia preciosa na avenida Goiás e um marco da inovação modernista em Goiânia

Ao andar pela icônica Avenida Goiás, em Goiânia,  mais precisamente na frente da Praça do Bandeirante, é impossível não se sentir envolvido pela grandiosidade histórica que irradia do prédio do antigo Banco do Estado de Goiás (BEG), uma edificação que encapsula um período crucial do desenvolvimento de Goiânia.

Iniciando sua construção na década de 60, o prédio do antigo Banco do Estado de Goiás (BEG) testemunha um período fervilhante da história política e cultural de Goiânia. Localizado na icônica Avenida Goiás, em frente à Praça do Bandeirante, ele é um marco da arquitetura modernista que começava a se consolidar na capital de Goiás naquela época.

A construção do edifício, iniciada em 1961 e concluída em 1964, ocorreu durante o governo de Mauro Borges, um momento de crescimento e desenvolvimento sem precedentes para Goiás. Foi um período de inovações estruturais, marcado pelo surgimento de novos órgãos administrativos, impulsionados significativamente com a inauguração do prédio sede do BEG.

A arquitetura do prédio, idealizada pelos talentosos Eurico Calixto de Godoi e Elder Rocha Lima, não só incorporava o espírito inovador da época, mas também trazia uma lufada de modernidade europeia para Goiânia, sendo o primeiro prédio da cidade a ter ar-condicionado central, conforme destacou o poeta e cronista Luiz de Aquino, nossa fonte para desvelar os detalhes dessa história rica e multifacetada.

Segundo o historiador,  o prédio quebrou paradigmas em sua época, elevando-se como a referência da modernidade em Goiânia. Um marco indiscutível, ele era um espetáculo de vidros estilo Ray-Ban, um material importado diretamente da Holanda ou Suécia,. “Foi uma obra cara, mas muito badalada, muito festejada,” destaca Aquino.

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Esta grande figura cultural, que é também membro da Academia Goiana de Letras, lança luz sobre uma Goiânia que se ergueu valentemente, um território rico em histórias que se escondem por trás dos grandes prédios e figuras políticas da época. Aquino, que em 1994 publicou “Nossa Gente, Nossa História”, nos proporciona uma viagem no tempo para reviver a época dourada da capital.

Infelizmente, o progresso que a cidade estava vivenciando encontrou um obstáculo em 1964, com a ocorrência do golpe militar que travou o crescimento dinâmico da região. Contudo, o prédio BEG permaneceu, e ainda permanece, como um testemunho sólido da visão progressista e do espírito inovador daquele tempo.

Ao revisitar a Praça do Bandeirante e o prédio que já foi conhecido como Edifício Estadobanco e mais tarde como Edifício Banco do Estado de Goiás, somos transportados para uma época de grandeza e sonhos, uma época em que Goiânia estava pronta para abraçar o futuro.

Hoje, o prédio não é apenas um patrimônio arquitetônico, mas também uma representação vívida de uma era de ouro, um símbolo do que Goiânia foi e ainda aspira a ser. A sua presença continua a inspirar, demonstrando que a cidade tem raízes profundas na inovação e na busca constante por crescimento e desenvolvimento.

Agora, ao comemorar o seu 59° aniversário, o edifício se mantém não apenas como um testemunho da história viva de Goiânia, mas como uma verdadeira obra de arte arquitetônica, um marco que encanta e inspira a todos que têm a sorte de conhecê-lo. Uma verdadeira jóia de Goiânia, que guarda em suas estruturas as memórias e aspirações de uma cidade vibrante e cheia de vida.

Com o passar dos anos, o Prédio Sede da BEG evolui, mas sua essência permanece intacta, um verdadeiro monumento à determinação e ao espírito de inovação de Goiânia. Uma visita ao prédio não é apenas um passeio pela história, mas uma jornada ao coração da cultura goianiense.

Um Legado Perene

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O antigo prédio do BEG é mais que um monumento; é uma janela para um período dinâmico e progressista da história de Goiânia. Representa uma época de crescimento, modernização e de uma visão futurista.

Ao revisitar essa construção icônica, percebemos que a herança de Mauro Borges persiste, não apenas na estrutura física da cidade, mas na estrutura administrativa que ainda hoje sustenta Goiás. Uma verdadeira viagem no tempo que nos permite apreciar a grandiosidade de um período que, mesmo após tantos anos, continua a reverberar com energia e inovação.

Ao olhar para o prédio do antigo BEG, estamos não apenas recordando um marco histórico, mas também reconhecendo a vibrante trajetória de Goiânia, uma cidade que soube, e ainda sabe, se reinventar.

 

Texto desenvolvido por Fernanda Cappellesso e Julia Macedo 

10 pontos turísticos históricos para conhecer em Goiânia que fogem do Art Déco

O modernismo surgiu no início do século XX, como uma reação ao historicismo e ao ecletismo que dominavam a arquitetura na época. Propondo uma arquitetura funcional, racional e minimalista, baseava se em formas geométricas simples e materiais industrializados.

A arquitetura modernista também é conhecida pela sua atenção à luz e ao espaço. Os arquitetos utilizam materiais como vidro e aço para criar espaços abertos e luminosos que se integram à natureza e ao ambiente urbano.

Além disso, a arquitetura modernista é frequentemente associada à ideia de “máquina”, uma vez que os edifícios são projetados para serem eficientes e econômicos.

Um dos principais exemplos desse estilo arquitetônico em Goiânia é a antiga sede do Banco Santander, projetado por Ruy Othake na década de 1977. Sua fachada curvilínea em concreto puro, reúne liberdade plástica, rigor construtivo e flexibilidade funcional. Um fruto do modernismo.

Goiânia possui inúmeros prédios que fogem do art déco e marcam, historicamente, a chegada do modernismo no Brasil. Desenhado por ícones do movimento modernista, esses locais funcionam como importantes pontos turísticos da capital.

 

Confira:

 

Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna

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A partir de uma doação de terreno por parte de Lourival Louza, o espaço foi inaugurado em 1974. Além de eventos automobilísticos, o complexo modernista possui a versatilidade necessária para receber shows musicais, festas e outros eventos.

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O destaque modernista fica por conta dos prédios onde funcionam as arquibancadas, restaurantes, sala de imprensa, administração e garagens, desenhadas horizontalmente.

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Centro Cultural Oscar Niemeyer

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Construído em área de doação, o amplo complexo projetado por Oscar Niemeyer recebeu quatro edificações que funcionam como ícones do modernismo. Desenhadas em formas diversas como retângulo, triângulo, cilindro e uma cambota, adota todas as especificações desse estilo arquitetônico.

A esplanada funciona como o principal edifício do complexo. Conta com uma construção horizontal marcada pelo uso de espelhos, sustentada por pilotis.

O Centro Cultural abriga espaços como Biblioteca Bernardo Élis, CineX, auditório, Museu de Arte Contemporânea de Goiânia, e Palácio de Música Belkiss Spenziere.

Centro

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Residência Abdala Abrão – Cerrado Galeria de Arte

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Projetada na década de 1960, a residência que carrega a assinatura de David Libeskind reúne madeira, vidro, pedras e elementos cerâmicos. Os espaços fluídos contam com a escassez de compartimentos para complementar os espaços com um charme especial.

Após uma série de reformas dirigidas pelo arquiteto Leo Romano, a residência passa a abrigar a Cerrado Galeria de Arte, que abre para o público em maio deste ano.

residência

 

Monumento dos Três Marcos

Viaduto

Disposto no Viaduto Latif Sebba, o monumento dos Três Marcos nasceu como um projeto do arquiteto goiano Marco Antônio Amaral. Envolta em material metálico, a obra é símbolo da história administrativa da cidade.

Seus longos espetos indicam as direções da construção e do desenvolvimento de Goiânia. Sul, Leste e Oeste.

viaduto

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Terminal Rodoviário de Goiânia

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O Complexo Terminal Rodoviário de Goiânia, assinado por Paulo Mendes da Rocha, foi projetado seguindo as ideologias modernistas arquitetônicas de infraestrutura de transporte, edifício e cidade.

A horizontalidade do prédio trabalha a modernidade da arquitetura, a unindo ao meio urbano moderno e industrializado, proporcionando uma integração nacional.

 

Palácio Alfredo Nasser – Palácio da Alego

palácio

A primeira casa oficial da Alego foi inaugurada em 1962. Com assinatura de Eurico Calixto de Godoi e Elder Rocha Lima, o edifício foi erguido seguindo os ideais do modernismo. Com poucos detalhes e em formato simples, o espaço foi desenhado com apenas dois blocos.

O espaço amplo possuía móveis como divisórias e interligação por pilotis. A amplitude dos espaços facilitava o acesso, e permitia uma visão geral dos políticos dentro do plenário.

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Estádio Serra Dourada

Estádio

Lourival Louza doou o terreno, o Governo de Goiás o destinou à construção de um espaço para a realização de jogos e outros eventos. Mas a projeção do local ficou por conta do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, um ícone da arquitetura modernista brasileira.

O desenho do estádio oferece ao espectador uma ampla visão do gramado e das arquibancadas. Para lidar com o fluxo de pessoas, a obra foi contemplada com grandes anéis internos.

Estádio

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Palácio Pedro Ludovico Teixeira

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Sede da administração pública estadual, o Palácio Pedro Ludovico Teixeira é um edifício de dez andares, localizado no coração de Goiânia.

Sua arquitetura imponente é marcada pelas grandes janelas esverdeadas que desenham sua fachada. Adepto do minimalismo, não utiliza detalhes e desenhos.

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Parthenon Center

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Com mais de 45 mil metros quadrados, a estrutura do Parthenon Center é símbolo do modernismo na cidade. Inaugurado em 1976, foi projetado por Antônio Lúcio Ferrari Pinheiro e nasceu como a “Maior obra arquitetônica do Estado de Goiás”.

A estrutura reúne aspectos como o concreto aparente e a utilização de traços geométricos. Segundo historiadores, a imponência da obra exibe o crescimento regional.

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Antiga Sede do Banco Santander

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Projetado pelo paulistano Ruy Ohtake em 1977, o edifício se destaca no Centro da Capital por sua arquitetura modernista. Com curvas sinuosas e concreto armado aparente, o objetivo do design era unir “liberdade plástica, rigor construtivo e flexibilidade funcional”.

O prédio foi projetado para funcionamento de uma agência do Banespa, mas sua estrutura fluída é capaz de abrigar diferentes aplicabilidades.

Imagens: Reprodução

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Avenida Paranaíba em Goiânia abriga casa residencial modernista assinada por arquiteto do Conjunto Nacional em São Paulo

O ano era 1952 e o arquiteto recém-formado, David Libeskind, projetava em Goiânia a residência da família Félix Louza. A construção começaria no ano seguinte. A partir de sua base, a casa já chamava a atenção por ser diferente das casas construídas na região.

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Imagens: Acervo de David Libeskind

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Goiânia foi construída sob o idealismo da arquitetura art déco moderna, mas aquele projeto de Libeskind era um tanto quanto singular. Tomando forma na Rua 82, a casa residencial possui um único andar. A movimentação dos carros no cruzamento das principais vias da cidade se erguia como um problema aos donos da construção.

No entanto, Libeskind eliminou as aberturas tradicionais que se voltavam para a rua. A casa se abraçou, voltada para si mesma. As divisórias seriam revestidas por materiais cerâmicos de primeira linha ou cobogós em tons neutros.

As cerâmicas nas paredes podem transformar um ponto exato em local de destaque. Bem como os cobogós. O uso desses materiais no exterior da construção desenhou, sozinho, a beleza do lugar. A distinção entre eles promoveu a união de símbolos da riqueza em uma fachada plena.

Com a divisão de áreas da casa, os pátios receberam a incrementação de jardins. Por ser uma casa “abraçada por si mesma”, o jardim central da construção foi projetado para funcionar como ponto de integração e circulação.

A criação daquele espaço proporcionou a ventilação e iluminação que os ambientes internos precisavam por estarem tão fechados. Em formato retangular, os espaços foram marcados por seu sentido horizontal. O projeto foi encoberto por uma laje de concreto e telhas de cimento amianto.

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Imagens: Acervo de David Libeskind

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Os proprietários do local não escolheram David Libeskind como arquiteto por obra do acaso. As obras de Libeskind foram publicadas por importantes veículos de comunicação como Ad – Arquitetura e Decoração, Acrópole, Habitat, Casa e Jardim e Brasil Arquitetura Contemporânea. Ali ocorria a divulgação da arquitetura moderna no país.

Muitos leitores se imaginaram, por muito, vivendo em “casas de revistas”. Inspirados pela estética da modernidade, o casal Félix Louza se sente influenciado a escolher o então arquiteto para projetar sua residência. Dona Irene se encontra com Libeskind para guiar a projeção. Entre seus desejos, pontua a preferência por uma casa sem janelas, moderno assim como as casas divulgadas em Belo Horizonte.

Na visão do Senhor José, em Goiânia ainda não tinha arquitetos com conhecimentos capazes de entender seus desejos por um lar em estilo modernista. Para um casal viajante, a nova residência para a família deveria ser semelhante as construções vistas em outras regiões do Brasil.

Antes da casa ser construída no Setor Central, a família morava em uma fazenda, no antigo município de Bonfim, hoje Silvânia. Construir a casa não foi trabalho fácil ou rápido para ninguém. A construção levou cerca de dois anos para ser finalizada. Grande parte dos materiais utilizados chegavam de São Paulo, já que em Goiânia não havia instrumentos necessários para o desenvolvimento da obra em questão.

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Imagem: Naldo Mundim

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) sobre o morar em arquiteturas singulares utilizou a casa como ponto de estudo. O incrível projeto de David Libeskind era habitação de José Félix Louza e Irene Félix Louza. Juntos, os dois residiram a casa alvo de críticas, sejam elas boas ou ruins.

Em uma antiga Goiânia ainda sem asfalto se erguia a sinuosa construção em estilo moderno. A pesquisa realizada por Isabela Menegazzo Santos de Andrade pela UFG, questiona como foi para os habitantes originais da residência viver em uma casa modernista diante da dura realidade da cidade de Goiânia na década de 1950.

 Imagem de capa: Naldo Mundim 

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Centro Cultural em Goiânia assinado por Oscar Niemeyer é sinônimo de modernidade

 

O Centro Cultural de Goiânia foi idealizado em 1999. Naquela ocasião, o projeto tinha como destino as áreas centralizadas de Goiânia, como o entorno do Lago das Rosas ou da Rodoviária. Pouco tempo depois, a área que pertencia a Lourival Louza na avenida Deputado Jamel Cecílio foi doada para o então governo visando a construção do ponto de cultura do estado.

Inaugurado em março de 2006, a ideia do arquiteto carioca, Oscar Niemeyer constituía-se na idealização do Monumento aos Direitos Humanos. A construção modernista se materializou sob a forma de uma grande pirâmide vermelha. O monumento abriga um auditório com cerca de 700 lugares, jardim de inverno e salão de exposições. Em seu processo de desenvolvimento, o auditório foi batizado com o nome Lygia Rassi em homenagem a autora goiana de coração.

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Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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A projeção de Niemeyer para Goiânia o animava profundamente. Seus sentimentos, unidos ao anseio de artistas, escritores, músicos e outros integrantes do cenário goiano cultural fizeram o projeto crescer. Aquela projeção original recebeu ampliação de um complexo modernista composto por uma esplanada e quatro edificações desenhadas em formas diversas como retângulo, triângulo, cilindro e uma cambota.

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Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

As demais edificações se mantiveram em tons neutros para que toda atenção fosse voltada ao triângulo vermelho. A Esplanada que comporta o Centro Cultural recebeu o nome do ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek. O edifício horizontal e espelhado do complexo funciona como o prédio principal e sedia espaços como a administração e a Biblioteca que presta homenagens a Bernardo Élis, J.J Veiga e Paulo Bertran.

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Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Alguns metros abaixo da Biblioteca, o prédio abriga o CineX. Com disposição de 164 lugares convencionais e cinco espaços para cadeirantes, o cinema funciona todos os dias da semana, das 13h às 22h. As duas salas de cinema proporcionam conforto ao extremo com poltronas reclináveis e espaçosas, além de som e imagem em alto nível.

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O suntuoso prédio com cerca de dez mil metros quadrados conta com três pavimentos sustentado por pilotis, marcas do movimento modernista. O espaço recebe ainda um auditório para 135 pessoas e um restaurante com uma vista incrível da cidade. O Centro Cultural recebeu também o Museu de Arte Contemporânea (MAC) composto por galeria de arte, sala administrativa e pavimento para exposições.

O Palácio da Música Belkiss Spenziere compõe a área do complexo cultural com traçados que esbanjam a marca de Niemeyer. O “palácio” com seu concreto armado em formato esférico virou símbolo de curiosidade àqueles que não compreendem a obra. Seus sete mil metros quadrados abriga um teatro com mais de 1,5 mil lugares. O ambiente conta com fosso de orquestra, camarotes para 284 lugares e bar. Essa obra se tornou a casa principal da orquestra Filarmônica de Goiás (OFG).

palácio

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

O Oscar Niemeyer já contou com outras atrações abertas ao público. O lugar funcionou como point para os jovens que procuravam suas dependências para andar de patins, bicicleta, skate e praticar outras atividades esportivas. Os momentos de lazer contavam ainda com a integração de tendas que proporcionavam desde aluguéis destes equipamentos até a venda de lanches. O espaço também já recebeu, por duas vezes seguidas, o Natal do Bem.

Natal

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Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Pauta desenvolvida pela estagiária de jornalismo Julia Macedo com a supervisão da jornalista Fernanda Cappellesso.

 

 

Residência histórica em Goiânia é referência de arquitetura modernista

Goiânia não é definida por apenas um estilo arquitetônico. A capital  de Goiás cresceu e passou por inúmeros processos de transformação intensa e se transformou em uma capital extremamente plural.  Seu acervo aruitetônico conta com diferentes estilos estruturais marcantes. Em alguns pontos, o estilo eclético neocolonial é vizinho do mais modernista processo de construção escultural.

Goiânial foi planejada visando a modernidade e progresso. O estilo modernista foi um importante movimento que procurava explorar as pluralidades culturais. Em exemplo está a casa projetada por Eurico Godói. A estrutura expressiva exibe uma fachada horizontal, com variação de materiais e revestimentos reunidos em perfeita harmonia.

Eurico Godói se formou na Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil. No Rio de Janeiro, o goiano foi estagiário de Oscar Niemeyer. Eurico se declara influenciado por importantes personalidades arquitetônicas, como Attílio Corrêa Lima. Para a residência de Eurípedes Ferreira, o arquiteto adota a estrutura inusitada ao colocar uma escada integrada ao lado de fora da residência. No pátio da construção, o formato em “L” fechou-se ao olhar público.

Erguida em 1962, a casa construída para Eurípedes Ferreira foi adquirida pelo escritor e folclorista Bariani Ortêncio. Durante a pandemia, o senhor Ortêncio construiu seu próprio museu. Com ícones culturais e esportivos, um painel com fotos foi pendurado na parede. Fotos políticas foram incluídas no acervo. A biblioteca foi transformada em Instituto Cultural e Educacional.

Para Ortêncio, é importante manter viva as histórias que construíram Goiânia. O escritor defende que essa possa ser a garantia de sobrevivência da identidade dos goianienses, quem são e o que é essa cidade. Bariani Ortêncio também aluga o jardim e a área social da casa para eventos.

 

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Imagem: Reprodução UFG