UFG abre inscrições para concurso com 42 vagas e salários de até R$4,5 mil

A UFG (Universidade Federal de Goiás) juntamente com o Instituto Verbena (IV/UFG) divulgou nesta segunda-feira (15/7) o edital do Concurso Público destinado a cargos efetivos para Técnico-Administrativo em Educação (TAE) para pessoas com o ensino  médio/técnico e superior completos. Foram ofertadas 42 vagas e a remuneração varia de R$2.667,19 a R$4.556,92 de acordo com o cargo do participante. As provas acontecem em setembro e as inscrições podem ser feitas do dia 5 a 28 de agosto.

A taxa de inscrição é de R$130,00 para os cargos com nível de escolaridade ensino médio/técnico (classificação D) e R$150,00 para os cargos com nível de escolaridade ensino superior (classificação E). Após abertas as inscrições, os candidatos que estiverem inscritos no CadÚnico ou que forem doadores de medula óssea, poderão pedir isenção da taxa de inscrição até o dia 7 de agosto. 

Como participar?

Os candidatos que quiserem participar do concurso devem se inscrever no site do edital até o dia 28 de agosto. A classificação dos mesmos será realizada por meio de prova objetiva, que acontecerá dia 22 de setembro, além de prova prática (verificar cargo), prevista para os dias 19 e 20 de outubro. Veja as disciplinas e a quantidade de questões que cada área terá:

 

Técnico de Laboratório

Língua portuguesa 10Q

Matemática 5Q

Atualidades e história, geografia e conhecimentos gerais de Goiás 5Q

Noções de informática 5Q

Legislação 5Q

Conhecimentos específicos 20Q

 

Técnico em Contabilidade

Língua portuguesa 10Q

Atualidades e história, geografia e conhecimentos gerais de Goiás 5Q

Noções de informática 5Q

Legislação 10Q

Conhecimentos específicos 20Q

 

Técnico de Tecnologia da Informação

Língua portuguesa 10Q

Matemática 5Q

Atualidades e história, geografia e conhecimentos gerais de Goiás 5Q

Legislação 10Q

Conhecimentos específicos 20Q

 

Farmacêutico e Odontólogo

Língua portuguesa 10Q

Matemática 10Q

Atualidades e história, geografia e conhecimentos gerais de Goiás 5Q

Noções de informática 5Q

Saúde pública 10Q

Conhecimentos específicos 20Q

 

Demais cargos de nível superior

Língua portuguesa 10Q

Matemática 10Q

Atualidades e história, geografia e conhecimentos gerais de Goiás 5Q

Noções de informática 5Q

Legislação 10Q

Conhecimentos específicos 20Q

 

Requisitos para participar: 

  • Ter nacionalidade brasileira;
  • Estar quite com as obrigações militares, em caso de candidato do sexo masculino;
  • Estar quite com as obrigações eleitorais;
  • Ter idade mínima de 18 anos.

 

Serão ofertadas vagas para as seguintes áreas:

Ensino Médio/Técnico – Classificação D (Prova objetiva e prática)

  • Técnico de Laboratório/Área: Biologia
  • Técnico de Laboratório/Área: Bioterismo
  • Técnico de Laboratório/Área: Eletromecânica
  • Técnico de Laboratório/Área: Materiais de Construção
  • Técnico de Laboratório/Área: Microscopia
  • Técnico de Laboratório/Área: Mineração ou Química

 

Ensino Médio/Técnico – Classificação D (Prova objetiva)

  • Técnico em Tecnologia da Informação
  • Técnico em Contabilidade
  • Técnico em Farmácia
  • Ensino Superior – Classificação E (Prova objetiva)

 

Bibliotecário/Documentalista

  • Farmacêutico
  • Meteorologista
  • Produtor Cultural
  • Técnico em Assuntos Educacionais
  • Ensino Superior – Classificação E (Prova objetiva e prática)

 

Antropólogo

  • Odontólogo/Área: Clínica Geral
  • Engenheiro/Área: Civil 
  • Antropólogo 

 

Vale lembrar que 5% das vagas serão ofertadas para PCD (Pessoa com Deficiência) e 20% para pessoas que se declaram como negras.

Pesquisa da UFG revela a surpreendente diversidade social do Jardim Goiás oculta sob as sombras do luxo

O Jardim Goiás, conhecido por suas áreas de alto padrão próximo ao Shopping Flamboyant e ao Estádio Serra Dourada, revela-se muito mais diverso do que se imagina. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Goiás (UFG), sob a orientação da pesquisadora Bruna Santos da Silva, explorou nichos antes invisibilizados, como a Vila Lobó e o Edifício Olímpico, dentro deste setor da capital goiana.

Utilizando uma abordagem cartográfica contra-hegemônica, a pesquisa destacou a presença de diferentes estratos sociais e histórias dentro do mesmo espaço urbano. Bruna Santos da Silva, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade (PPGProCidade) da Faculdade de Artes Visuais (FAV), conduziu entrevistas que desafiaram a percepção predominante sobre o Jardim Goiás.

Moradores da Vila Lobó e do Edifício Olímpico compartilharam suas vivências, destacando não apenas os desafios enfrentados, como a falta de infraestrutura básica, mas também o sentimento de pertencimento à comunidade. Contrariando estereótipos, muitos relataram relações tranquilas e um forte vínculo com o local onde residem.

Apesar da proximidade com áreas de alto poder aquisitivo, as áreas periféricas do Jardim Goiás enfrentam desafios significativos, como a falta de acesso a serviços essenciais como água potável. A pesquisa evidenciou a disparidade entre diferentes partes do bairro, ressaltando a necessidade de políticas públicas inclusivas e voltadas para a redução das desigualdades internas.

“A pesquisa busca não apenas descrever, mas também promover uma reflexão sobre a diversidade e complexidade do Jardim Goiás”, afirmou Bruna Santos da Silva. “É fundamental reconhecer e valorizar todas as camadas da sociedade presentes neste espaço urbano, garantindo que todos tenham acesso igualitário aos recursos e oportunidades oferecidos pela cidade.”

Ao desvendar os segredos do Jardim Goiás, a pesquisa da UFG oferece uma visão panorâmica mais inclusiva e precisa da realidade urbana, reforçando a importância de políticas urbanísticas e sociais que promovam a equidade e o reconhecimento das diversas comunidades que compõem este importante bairro de Goiânia.

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Goiânia recebe simpósio gratuito sobre o impacto das mudanças climáticas no Cerrado

Será realizado nos dias 27 e 28 de junho de 2024, na Universidade Federal de Goiás (UFG), o simpósio “Mudança do Clima e Saúde nos Cerrados”. O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPG/Ciamb/UFG) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da iniciativa Prospecção Fiocruz Cerrados. O objetivo é debater a interface entre saúde e meio ambiente na perspectiva da mudança climática nos Cerrados.

No primeiro dia do evento, ocorrerá o painel de mesmo nome do simpósio, das 8h às 12h, no auditório da Biblioteca Central da UFG – Campus Samambaia, aberto ao público. No segundo dia haverá uma oficina, das 8h às 12h, restrita a convidados. Essa oficina visa a construção de uma proposta de prospecção sobre saúde e mudanças climáticas nos Cerrados.

Os Cerrados é o segundo maior bioma do Brasil e detém 36% do território nacional, considerando as zonas de transição para outros biomas. Abriga cerca de 5% das espécies do planeta, incluindo inúmeras espécies endêmicas e desempenha papel importante na regulação do clima, conservação de recursos hídricos e manutenção da biodiversidade. Também é fonte de importantes serviços ecossistêmicos, como a polinização de culturas agrícolas, a formação do solo e a ciclagem de nutrientes.

Apesar de sua importância ecológica, o Cerrado é o bioma mais devastado do Brasil, ultrapassando a Amazônia. O desmatamento e as queimadas estão entre as principais causas de mudanças ambientais com impactos sobre a saúde humana, entre elas doenças respiratórias, zoonoses em função de alterações nos ciclos de vetores, doenças de veiculação hídrica trazidas pela urbanização sem controle e poluição da água.

A esses fatores, somam-se, de forma cada vez mais intensa, as alterações trazidas pelas mudanças climáticas, que tendem a prolongar a estação seca, a trazer chuvas mais intensas e concentradas, além de ondas de calor.

Diante desses dados, a Fiocruz e o Ciamb/UFG contam com a participação do público em geral para debater as “Mudança do Clima e Saúde nos Cerrados”.

Confira a programação:

Dia 27/06

Painel “Mudanças Climáticas nos Cerrados e Impactos sobre a Saúde”

Local: Auditório da Biblioteca Central-UFG

8h – Abertura

Prof. Dra. Daniela de Melo e Silva (Coordenadora do Ciamb/UFG)

Prof. Dr. Guilherme Franco Netto (Coordenador de Saúde e Ambiente da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde – VPAAPS/Fiocruz)

9h às 12h – Painel Mudança do Clima e Saúde nos Cerrados

Prof. Dra. Raquel Santiago (Faculdade de Nutrição/UFG)

Prof. Dra. Rosane Colevatti (Instituto de Ciências Biológicas/UFG)

Prof. Dra. Adriana Gioda (Depto. de Química/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ)

Prof. Dr. Paulo de Marco Jr. (PPG em Ecologia e Evolução/UFG)

Prof. Dr. Murilo Mendonça (Depto. Geografia/Universidade Estadual de Goiás – UEG)

Moderador: Prof. Dr. Fausto Miziara (Ciamb/UFG)

 

Dia 28/06

8h às 12h – Oficina de Planejamento: “Prospecção Mudança Climática e Saúde nos Cerrados” (Restrita a convidados)

Local: Auditório da Biblioteca Central UFG e Centro de Documentação, Informação e Memória – CDIM/UFG

Espetáculo “1987” apresenta reflexão sobre desastre do Césio-137 em Goiânia

A peça teatral “1987”, inspirada no desastre nuclear com o césio-137 em Goiânia, será apresentada nesta sexta-feira, 31 de maio, às 20h, no LACENA – UFG. Em junho, haverá sessões no dia 1º às 20h, no mesmo local, e no dia 14, no CCUFG, com uma sessão especial às 15h30 para escolas, seguida de uma palestra, e uma sessão aberta ao público às 20h. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis pelo Sympla. Em troca de um quilo de alimento não perecível, o público pode obter um voucher de consumação no restaurante Outback.

O espetáculo “1987”, apoiado pela Prefeitura Municipal de Goiânia e pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, combina um impacto visual marcante com uma narrativa poética. A peça aborda as causas sociais e políticas do evento, a negligência institucional e a perda de direitos dos sobreviventes.

Renata Weber, diretora do espetáculo, destaca a relevância da peça na discussão de questões ainda pertinentes na sociedade. “1987” busca explorar o contexto do desastre e suas implicações, estimulando uma reflexão profunda sobre responsabilidade social, ambiental e política.

O título “1987” remete à obra de George Orwell, criando uma atmosfera distópica e atemporal. O projeto envolve uma equipe diversificada, incluindo membros da comunidade LGBTQIAPN+, pessoas negras e com deficiência, além de ex-alunos da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás.

Ravana Lobo, diretora de arte e produtora executiva, explica que o espetáculo não apenas retrata a tragédia do césio-137, mas também explora uma estética distópica para provocar uma reflexão sobre as profundas ramificações do evento.

A atriz Malu Nunes compartilha que o processo de criação envolveu muita pesquisa, incluindo textos, reportagens, documentários, jornais, fotos e áudios. Esse estudo aprofundado permitiu a construção detalhada dos personagens e da narrativa.

O espetáculo “1987” não é apenas uma peça teatral, mas um convite para refletir sobre a consciência coletiva e imaginar um futuro moldado pela ação e pela mudança. Em um mundo cada vez mais complexo, a peça emerge como um farol de luz, guiando os espectadores através das sombras do presente em direção a um amanhã mais esperançoso e consciente.

Césio-137

O acidente do Césio-137 em Goiânia foi um incidente radioativo que ocorreu em setembro de 1987. Ele iniciou quando um aparelho de radioterapia abandonado foi aberto por catadores, liberando o material radioativo. Isso resultou em uma contaminação generalizada, causando doenças graves, mortes e um grande impacto ambiental na região.

O incidente destacou questões de segurança nuclear, negligência e falta de regulamentação, além de gerar preocupações sobre o manejo de resíduos radioativos.

Professores da UFG decidem encerrar greve

Os professores da Universidade Federal (UFG) decidiram encerrar a greve da categoria. No entanto, os docentes não aceitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal, que prevê reajustes salariais somente em 2025 e 2026.

A decisão pelo fim da paralisação ocorreu por meio de plebiscito eletrônico organizado pelo Adufg-Sindicato. No total, foram 820 votos favoráveis ao fim da greve contra 720 contrários e 9 abstenções. Em relação à proposta do governo, foram 794, 652 contra e 20 abstenções.

A greve de professores da UFG durou 18 dias. Apesar da decisão pelo fim da paralisação, a instituição de ensino ainda não estabeleceu uma data para a retomada das aulas. De acordo com a direção do Adufg-Sindicato, um ofício será encaminhado à Reitoria para informá-la, oficialmente, do resultado.

Os docentes cobram reajuste salarial e recomposição do orçamento das universidades federais. Diversas instituições de ensino ainda continuam em greve no País. O governo marcou para esta segunda-feira (27/05), a assinatura do acordo com as entidades sindicais e avisou que é a última proposta à categoria.

Professores da UFG podem entrar em greve

Os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidirão sobre a deflagração ou não de greve por meio de plebiscito eletrônico. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (25/04), em assembleia da categoria. O resultado da votação deve ser conhecido na próxima terça-feira (30).

Conforme apurado junto ao Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), mesmo se a greve for aprovada, as atividades não serão suspensas em caráter imediato, uma vez que há trâmites que precisam ser cumpridos.

Nas demais universidades federais localizadas em Goiás, a decisão também será tomada por meio de votação eletrônica entre os professores. Na UFCat (Catalão), o plebiscito será encerrado nesta sexta-feira (26). Na UFJ (Jataí), por sua vez, a instalação de votação ainda precisa passar por assembleia, marcada para a próxima semana.

Goiânia recebe Mostra de Cinema Indígena com entrada gratuita

De 17 a 19 de abril acontece a 2ª edição da Manifesto – Mostra Dom Tomás Balduíno de Cinema Indígena, no Centro Cultural da UFG. O evento integra a programação oficial da Semana dos Povos Indígenas, promovida pela PUC/GO, e tem apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A realização é da Vietnam Filmes, Balaio Produções e Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno.

Segundo seus idealizadores, Claudia Nunes e Erico Rassi, a edição especial da Mostra foi criada para comemorar o Centenário de Dom Tomás Balduíno, um dos fundadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e defensor histórico de direitos humanos na América Latina. O objetivo é valorizar o seu legado e dar visibilidade para a produção cinematográfica de realizadores e realizadoras indígenas sobre suas lutas e resistência histórica.

A sessão de abertura da Mostra, no dia 17/4, às 19 horas, com o tema IMAGEM e MEMÓRIA, dá o tom do evento, exibindo os documentários “Yaõkwa – Imagem e Memória” e “Avá Canoeiro – A Teia do Povo Invisível”.

O primeiro, com direção de Vincent Carelli e Rita Carelli (Pernambuco/2020), apresenta o reencontro do povo Enawenê Nawê, com o ritual Yaõkwa, filmado ao longo de 15 anos pelo projeto Vídeo nas Aldeias. O documentário registra as reações deste povo no reencontro com parentes falecidos, costumes esquecidos e preciosos cantos rituais em uma emocionante exibição na aldeia.

O segundo, com direção de Mara Moreira (Goiás), foi realizado entre 2005 e 2006, e traz cenas raras do Povo Avá Canoeiro, de Goiás, vítima de um dos massacres mais cruéis contra povos indígenas brasileiros, restando apenas alguns sobreviventes.

A sessão é seguida de uma roda de conversa, com o tema GOIÁS – TERRITÓRIOS INVISÍVEIS E APAGAMENTO HISTÓRICO, e contará com a participação de Kamutadja Avá Canoeiro, liderança indígena do povo Avá, da antropóloga Rosani Moreira Leitão e da missionária do CIMI, Sara Sanchez. Nessa noite, também será feita uma homenagem mística a Dom Tomás Balduíno.

Garantia dos direitos dos povos indígenas em Goiás 

Claudia Nunes, jornalista, roteirista e diretora de cinema, idealizadora e coordenadora da Mostra Manifesto, comenta sobre o evento, que teve sua primeira edição no ano de 2017:

“Há 8 anos a Vietnam Filmes e a Balaio Produções produziam a Manifesto – Mostra de Cinema Político, com o propósito de abrir espaço para outras cinematografias e olhares sobre os muitos mundos do nosso mundo. O primeiro encontro reuniu obras cinematográficas de Brasil e Cuba, e na ocasião oportunizou intercâmbios, formação, coprodução e difusão das obras audiovisuais entre os dois países. Em 2024 nós voltamos nossas telas para questões muito próprias do território brasileiro, numa discussão atual e urgente, já que estamos vendo terras indígenas serem invadidas e direitos sendo retirados, enquanto genocídios seguem sendo cometidos em muitas partes do mundo. O nosso propósito é ampliar as vozes de resistência.”

Claudia ainda explica que nesta edição, o objetivo é promover o encontro de lideranças indígenas, defensores de direitos humanos, pesquisadores, antropólogos, gestores, estudantes de cinema, indigenistas, cineastas, procuradores federais e defensores públicos, para discutir e criar parcerias que promovam a proteção e garantia dos direitos dos povos indígenas goianos.

Filmes e debates que contrapõem a hegemonia “branca” no cinema brasileiro

A Mostra Manifesto, com um forte olhar político e decolonial, percorre os municípios goianos de Goiânia, Catalão, Quirinópolis e Corumbá de Goiás, além da cidade de Uberlândia/MG. A programação é composta por um conjunto de obras expressivas do pensamento e cosmovisão de artistas indígenas do audiovisual, garantindo um contraponto à hegemonia branca no cinema brasileiro.

Em Goiânia, as exibições acontecem de 17 a 19 de abril, em seis sessões (tarde e noite), no Centro Cultural da UFG (Praça Universitária), e nas cidades do interior em sessões únicas.

Além dos filmes, serão realizadas rodas de conversa após as sessões para abordar diferentes temas: Goiás – territórios invisíveis e apagamento histórico; Vozes de vanguarda, memória e descontinuidade; Sem ancestralidade não há futuro; Encantamentos do mundo; Herança colonial, capitalismo e direitos humanos.

19 de Abril é celebrado o Dia dos Povos Indígenas

O Dia dos Povos Indígenas é uma data comemorativa celebrada no Brasil no dia 19 de abril e tem como propósito celebrar a diversidade das histórias e das culturas dos povos indígenas brasileiros; combater preconceitos contra os indígenas; e estabelecer políticas públicas que garantam os direitos dos povos originários.

Essa data comemorativa foi criada, em 1943, durante a ditadura do Estado Novo. Seu surgimento se deu, em boa medida, pela pressão de Marechal Rondon, importante indigenista brasileiro. Ainda, a data foi criada por influência do Congresso Indigenista Interamericano que havia sido realizado no México em abril de 1940.

Marina Sena é atração confirmada no Maior Inter 2024 em Goiânia

O Maior Inter, um dos principais eventos universitários do Centro-Oeste, já tem definidas as datas da sua edição em 2024. O evento será realizado em quatro dias de jogos e festas, cada uma com um tema diferente, que será realizado em Goiânia entre os dias 30 de maio até 2 de junho, em local ainda não confirmado.

A compra dos passaportes, que dão acesso a todos os dias de festas noturnas e jogos, estão sendo vendidos no site oficial do evento.

Mais informações serão divulgadas em breve pela empresa organizadora.

Atrações confirmadas

Fenômeno na música atual, a cantora Marina Sena é uma das atrações confirmadas no Maior Inter.

Sena tem marcado a MPB com premiações e shows avassaladores, mas também teve a carreira chancelada por uma recém parceria musical com uma das principais lendas da música brasileira, Gal Costa, ao interpretar a emblemática canção “Para Lennon e McCartney”. Está foi a última gravação da carreira de Gal antes da artista falecer, fato que comoveu internautas pelo mundo.

Sena também compôs e gravou em estilos como samba clássico, jersey e forró.
No último álbum lançado, o “Vício Inerente”, produzido por Iuri Rio Branco, as canções são descritas pela crítica como modernas e que também esbanjam referências do Trap, Pagotrap, Reggaeton, Drill, R&B, Triphop, Soul, além da já conhecida influência da MPB que Marina traz em suas composições.

No repertório do espetáculo que ela viaja em turnê e vai trazer para Goiânia, estão músicas do mais recente álbum, mas também os sucessos que marcam sua trajetória, como os principais hits da artista, “Aí Que Delicia o Verão”, “Ombrim” e “Por Supuesto”.

Além dela, MC Pedrinho também está confirmado na programação de shows do evento. Pedrinho é cria da Vila Maria, zona norte de São Paulo, e iniciou sua carreira no funk aos 12 anos, em 2014. A primeira música de sucesso do cantor foi “Dom Dom Dom”, e contou com a participação de MC Livinho. Também se deu bem com o funk ostentação “Vida Diferenciada”, com o consagrado MC Leo da Baixada.

Estudantes goianos realizam maior projeto sobre microplásticos do Brasil

A crescente preocupação global com a poluição plástica nos ecossistemas aquáticos ganha contornos inéditos com o Projeto MicroMar, integrado por estudantes goianos e coordenado pelo professor Guilherme Malafaia, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano).

Este empreendimento ambicioso conta com a expertise dos grupos dos professores Thiago Lopes Rocha e Boniek Gontijo Vaz, respectivamente do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (Iptsp) e do Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Os microplásticos, partículas com dimensões entre 100 nanômetros e 5 milímetros, constituem uma ameaça silenciosa à vida aquática, penetrando facilmente nos ecossistemas aquáticos.

O MicroMar concentra seus esforços na realização do maior estudo já conduzido no Brasil sobre a poluição por microplásticos nas praias do país, visando fornecer um diagnóstico abrangente e inédito sobre essa problemática.

 

Saiba mais sobre o trabalho pesquisando os microplásticos, realizado por estudantes goianos

 

Levantamento abrangente na Costa Brasileira

A equipe de pesquisa já coletou mais de 6,7 mil amostras de areia e água em 750 praias distribuídas em 300 municípios/distritos, abrangendo estados desde o Amapá até o Rio Grande do Sul.

Com um total de 5.578 km de orla percorridos entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, a coleta, que será finalizada até abril de 2024, cobrirá todos os estados litorâneos do Brasil.

Sob a supervisão dos professores Thiago Rocha e Boniek Gontijo, as amostras passarão por rigorosas análises laboratoriais.

Estudantes goianos realizam maior estudo sobre microplásticos do Brasil

Foto: Jornal UFG

O objetivo é quantificar e tipificar os microplásticos, estabelecer valores de background, criar mapas de distribuição da poluição microplástica e determinar índices de risco de polímero e de carga poluidora.

Além disso, o MicroMar contempla uma análise das correlações entre os níveis de poluição por microplásticos nas praias e variáveis oceanográficas, condições ambientais e aspectos do litoral brasileiro.

O professor Thiago enfatiza que o MicroMar marca um marco inovador ao reunir pesquisadores de instituições em todo o Brasil.

A proposta é fornecer subsídios cruciais para decisões locais, regionais e nacionais, visando a prevenção de danos e a minimização de gastos futuros nas esferas ambiental e de saúde pública.

O estudo, que se destaca como uma iniciativa pioneira no enfrentamento da poluição por microplásticos no Brasil, promete impactar positivamente políticas públicas e ações concretas voltadas para a preservação de nossas praias e a proteção da vida marinha.

 

O MicroMar reforça o compromisso da comunidade acadêmica brasileira na busca por soluções eficazes diante dos desafios ambientais contemporâneos.

 

Equipe do projeto MicroMar

A equipe executora do projeto MicroMar engloba, além de pesquisadores da UFG, aqueles vinculados ao IF Goiano, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Estadual do Amapá (UEAP), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Além disso, o projeto conta com a colaboração de pesquisadores do Catalan Institute for Water Research e University of Girona (Espanha), Universidade de Aveiro (Portugal), Jahangirnagar University (Bangladesh), Assiut University (Egito), Universidad Nacional del Sur (Argentina), Begum Rokeya University (Bangladesh), Universiti Teknologi Brunei (Brunei), Periyar University (Índia), University of Virginia (EUA) e Leibniz-Institut für Ostseeforschung Warnemünde (Alemanha).

O projeto MicroMar é um dos projetos apoiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (chamada CNPQ/MCTI-FNDCT CT-PETRO nº 43/2022), em consonância com o Programa Ciência no Mar (PCMar/MCTI) e com o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar (PNCLM)

 

Assista aqui ao documentário elaborado no âmbito do projeto MicroMar.

 

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UFG lança ferramenta gratuita e inédita que prevê chuvas com IA

A Universidade Federal de Goiás (UFG) acaba de lançar uma inovadora ferramenta gratuita, baseada em inteligência artificial, capaz de prever com precisão chuvas e tempestades, em curto prazo.

Desenvolvido pelo Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Bioma Cerrado (Cempa-Cerrado), em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Governo de Goiás, o modelo promete identificar a probabilidade de chuvas em um raio de 5 km com até 6 horas de antecedência.

A ferramenta pode ser acessada aqui.

Essa iniciativa inédita na região Centro-Oeste surge como uma ferramenta crucial para a preparação da Defesa Civil e atividades econômicas sensíveis às condições meteorológicas, como o agronegócio.

Além disso, se destaca por oferecer uma alternativa de custo reduzido em comparação aos modelos tradicionais de previsão.

A plataforma gratuita integra dados de diversas fontes, incluindo os canais infravermelhos dos satélites Goes (Geostationary Environmental Satellite), do produto Modis (Moderate-Resolution Imaging Spectroradiometer) e do Geostationary Lightning Mapper (GLM).

Utilizando um Modelo de Memória de Curto e Longo Prazo (LSTM), adequado para análise de informações temporais, os dados são atualizados a cada 30 minutos.

 

Mais sobre a ferramenta gratuita desenvolvida pela UFG

UFG lança ferramenta gratuita que prevê tempestades com precisão

Reprodução da ferramenta de previsão de chuvas disponível de forma gratuita no site do CEMPA-Cerrado. Imagem: divulgação

A ferramenta utiliza uma rede neural convolucional, associada a um Modelo de Memória de Curto e Longo Prazo (LSTM). Essas abordagens são especialmente úteis para processar dados que têm uma estrutura espacial, como mapas e imagens, e para lidar com sequências temporais. Daí sua utilização na previsão de chuvas.

Além disso, o novo modelo utiliza dados de entrada de diferentes fontes, incluindo os canais infravermelhos do satélite GOES, e características físicas e geográficas derivadas do produto MODIS e do Geostationary Lightning Mapper (GLM).

Dessa forma, são disponibilizados aos usuários diversos mapas de probabilidade que incluem áreas de diferentes estados, mas com destaque para Goiás.

Também estão disponíveis tabelas com dados mais detalhados para cada município goiano.

A resolução espacial mais fina dos dados de probabilidade é de 5 quilômetros e novas execuções do modelo são realizadas a cada 30 minutos.

A nova ferramenta foi testada na previsão para a região do Sudoeste goiano durante os últimos dois meses e os resultados foram satisfatórios.

Vários produtores rurais tiveram acesso à plataforma, que faz parte dos produtos do Sistema de Informações Agrometeorológicas para o Sudoeste Goiano (Siag), resultado da parceria entre o Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre) e o CEMPA-Cerrado.

A ferramenta pode ser acessada aqui.

 

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Ao acessar a ferramenta, os usuários têm à disposição mapas de probabilidade para diferentes áreas, com foco em Goiás, e tabelas detalhadas para cada município goiano. Informações como probabilidade mínima, média e máxima de ausência de precipitações, chuva fraca, moderada e forte estão disponíveis para consulta.

Testes recentes realizados no Sudoeste goiano nos últimos dois meses demonstraram resultados satisfatórios, consolidando a eficácia da inovação da UFG no campo da previsão meteorológica.

A ferramenta surge como um recurso valioso para a comunidade, permitindo uma preparação mais eficiente diante das condições climáticas em constante mudança.

Primeira turma de Inteligência Artificial se forma em Goiânia

A primeira turma do curso de Bacharelado em Inteligência Artificial (BIA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), pioneira no Brasil, conclui seus estudos no início deste ano. Os alunos destacam os benefícios do formato do curso, que oferece oportunidades de contato com o mercado de trabalho por meio de projetos com empresas, tornando-se uma fonte de renda durante os estudos. Os 15 graduandos que receberão seus diplomas em março acumularam um total de R$ 1,3 milhão ao longo de quatro anos.

Anualmente, o curso oferece 40 vagas por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSu). Dos alunos que ingressaram na primeira turma, 15 completaram o curso no prazo regular de quatro anos, enquanto outros 17 terminarão seus estudos em um período estendido. Atualmente, o curso tem 158 alunos ativos, incluindo os formandos. O coordenador do BIA-UFG e do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da UFG, Anderson Soares, destaca que a taxa de conclusão é notável para um curso de exatas, atribuindo o sucesso a diversos fatores, como o interesse dos alunos, a demanda do mercado, as mudanças decorrentes da novidade do curso e a integração com as empresas.

Primeira turma inteligencia artificial

Primeira turma de Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás/Foto: divulgação

Os projetos desenvolvidos pelos estudantes e pesquisadores em parceria com 62 empresas, abordam soluções para diversos problemas em áreas como saúde e educação, utilizando inteligência artificial. Soares explica que a inteligência artificial consiste na automação de tarefas por meio de máquinas, destacando exemplos como a transcrição automática de voz para texto na radiologia médica. Ele ressalta que a demanda do mercado impulsionou a criação do curso de bacharelado em IA para suprir a necessidade por profissionais qualificados nessa área.

Os projetos dos alunos resultaram na criação de três startups com modelos de negócios inovadores, como a Automode, especializada em automatização de processos no marketing digital, a Utatsu, que oferece consultoria em IA, e a VoiceVerse, que utiliza inteligência artificial para audiodescrição. Além disso, foi desenvolvida uma spin-off para automatizar e monitorar atendimentos telefônicos em empresas de call center.

Um dos alunos, Alex Echeverria, fundador de um programa inovador, destaca a experiência profissional adquirida durante a graduação, participando de vários projetos remunerados em diferentes áreas. Heloisy Rodrigues, outra graduanda, enfatiza a abordagem inovadora do curso, que integra programação, matemática e empreendedorismo desde o início. Heinz Felipe Rahmig, também formando, destaca sua preparação para o mercado de trabalho após quatro anos de estudos e seu envolvimento em um hub de empreendedorismo e inovação na UFG.

Sebrae Goiás abre vagas com salário inicial de quase R$ 8 mil

O Sebrae Goiás está com processo seletivo aberto para preencher duas vagas no cargo de Analista Técnico I, além de formar um cadastro reserva. O salário inicial é de R$ 7.959,44. Candidatos podem se inscrever de 4 a 22 de dezembro.

O concurso é organizado pelo Instituto Verbena, ligado à Universidade Federal de Goiás (UFG). A inscrição custa R$ 100, podendo ser realizada no site do Instituto, na seção Portal do Candidato.

Além deste processo, o Sebrae Goiás está promovendo outras atividades, como a disponibilização de mais de 300 vagas para Agentes Locais de Inovação e a realização da Feira do Empreendedor, que ocorreu em dez cidades goianas a partir de terça-feira (17). Uma feira automotiva em Goiânia também sediou uma palestra gratuita sobre empreendedorismo.

Os interessados no cargo de Analista Técnico I devem ter ensino superior completo em áreas como Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, Ciências de Dados, Ciências Econômicas, Engenharias, Pedagogia, Comércio Exterior e Relações Internacionais. A seleção inclui uma prova objetiva e discursiva, marcada para 21 de janeiro de 2024.

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Por quê as águas de Caldas Novas chegam a 37,5 graus?

Caldas Novas, situada estrategicamente no estado de Goiás, distante cerca de 170 quilômetros de Goiânia e aproximadamente 310 quilômetros da capital federal, Brasília, é uma joia do turismo brasileiro reconhecida por suas águas termais enigmáticas. Esta cidade, imersa no coração do Brasil, é um epicentro de atração turística não apenas para visitantes nacionais mas também para um crescente número de turistas internacionais, seduzidos pela singularidade de suas águas quentes que variam entre 34°C e 58°C.. A cidade é conhecida por sua diversidade de entretenimento e suas belezas naturais, incluindo suas famosas fontes termais 

A popularidade de Caldas Novas como destino turístico é evidenciada pelos números que afirmam que a cidade recebe 4 milhões de visitantes anualmente. São turistas brasileiros e visitantes estrangeiros, ávidos por experimentar as qualidades terapêuticas e o conforto que somente suas águas podem oferecer. Com isso, Caldas Novas solidifica sua posição como um dos pilares do turismo no estado de Goiás, contribuindo substancialmente para a economia regional e nacional. Além do mais, as iniciativas para promover a sustentabilidade garantem que esse patrimônio geológico seja preservado, permitindo que as futuras gerações também possam desfrutar deste fenômeno natural excepcional.

Os registros da Secretaria de Turismo de Goiás destacam a importância de Caldas Novas no cenário turístico estadual, contabilizando um fluxo constante de visitantes de várias partes do mundo, o que reflete no incremento da economia local e na valorização da cultura goiana. O fenômeno geotérmico responsável pelo aquecimento das águas de Caldas Novas desafia a imaginação popular que, por décadas, alimentou a crença de que a fonte desse calor seria a atividade de um vulcão extinto. No entanto, estudos geológicos atuais refutam essa teoria, elucidando que o verdadeiro motor desse aquecimento provém das profundezas terrestres, onde o calor geotérmico natural eleva a temperatura da água que, ao ressurgir, alimenta as famosas fontes e poços termais.

Mas, afinal, porque as águas de Caldas Novas são quentes?

João Mendes, professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG), que tem dedicado anos ao estudo das propriedades geológicas da região, explica que “as águas termais de Caldas Novas são um exemplo clássico do processo geotérmico. Ou seja, elas são resultado da infiltração da água da chuva que, ao atingir grandes profundidades, é aquecida pelo gradiente geotérmico – um aumento natural da temperatura com a profundidade – e não por vulcanismo, como muitos acreditam.

A pesquisa do professor desmistifica a lenda do vulcão extinto, substituindo-a por um fascínio pela ciência que explica o ciclo das águas termais. Historicamente, as águas termais sempre exerceram papel significativo nas culturas locais, associadas a propriedades curativas e a lendas que permeiam o imaginário dos habitantes e visitantes. A jornada destas águas até sua manifestação na superfície tem sido tema de histórias passadas através das gerações.

Do ponto de vista econômico, o impacto das fontes termais em Caldas Novas é inegável. O turismo gerado por estas fontes é um dos pilares da economia local, atraindo milhões de visitantes anualmente. Os complexos de lazer e hospedagem que se desenvolveram em torno das fontes termais contribuem significativamente para o emprego e renda na região.

Além do lazer, as propriedades terapêuticas e medicinais dessas águas são um chamariz para quem busca bem-estar. Profissionais da saúde, como a fisioterapeuta Maria Silva, ressaltam que “as águas termais possuem minerais que podem auxiliar no tratamento de doenças crônicas e reumáticas, além de promover relaxamento muscular e alívio de estresse”.

Não menos importante são as iniciativas de conservação e sustentabilidade. A região de Caldas Novas enfrenta o desafio de equilibrar a exploração turística com a preservação deste recurso natural. Organizações ambientais e o poder público têm trabalhado em conjunto para estabelecer práticas sustentáveis que assegurem a longevidade das fontes termais para as futuras gerações.

Encerrando a matéria, vale refletir sobre o paradoxo das águas termais de Caldas Novas: elas nos contam uma história de mitos e lendas, mas também de ciência e economia. Este é um lugar onde a natureza mostra seu poder de fascinar e curar, onde o passado se entrelaça com o futuro, e onde cada gota de água quente carrega consigo um universo de possibilidades a serem exploradas.

 

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Goiânia recebe concerto de Ney Fialkow com entrada gratuita

Neste sábado (14) o premiado pianista, Ney Fialkow, apresenta o concerto pelo projeto “Allegro 2023” no Centro Cultural da UFG, no Setor Leste Universitário. O espetáculo gratuito está marcado para começar às 20h.

O projeto “Allegro” é uma obra de incentivo da Universidade Federal de Goiás que torna possível proporcionar acesso à cultura e ao desenvolvimento local. “Sinto-me honrado em fazer parte de uma série exclusiva de pianistas, considerando-se a qualidade dos músicos convidados para atuarem em atividades artísticas promovidas pelo CCUFG”, enfatiza Ney Fialkow.

De acordo com o pianista, Goiânia é uma cidade que cresce sem descuidar da cultura. “Já estive diversas vezes em Goiânia para concertos e é sempre uma grande responsabilidade, justamente, pela qualidade do que o público está habituado a ouvir”, finaliza.

Reunindo tradição e inovação, Ney se apresenta em Goiânia com interpretações de obras assinadas por Vagner Cunha e Robert Schumann. O pianista afirma que todas as composições são repletas de paixão e dedicadas ao amor, entre outros desafios, sendo capazes de encantar o público em geral por sua força expressiva. 

 

Ney Fialkow

O pianista Ney Fialkow é hoje um dos músicos de destaque do cenário nacional. Tem conciliado a movimentada carreira de solista e camerista com a atividade de professor titular do Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS, em Porto Alegre.

Lançou os álbuns Metamorfora e Fantasy nos EUA em parceria com o baixista Marcos Machado pelo selo Blue Griffin, e a obra integral de Claudio Santoro para violoncelo e piano com Hugo Pilger, álbum indicado ao Grammy Latino de 2021.

 

Serviço

Centro Cultural da UFG apresenta o 2º concerto da série “Allegro”

Quando: sábado (14/10), às 20h

Onde: Teatro do CCUFG, situado na Av. Universitária, 1.533, Setor Leste Universitário – Goiânia (GO)

Mais informações: (62) 3209-6251

Entrada franca! 

Imagem: Leo Aversa – Divulgação

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Pesquisa goiana melhora produção de próteses com impressão 3D

Em um esforço para aprimorar a qualidade de vida das pessoas que enfrentam amputações de mão, uma pesquisa inovadora da Universidade Federal de Goiás (UFG) está revolucionando a produção de próteses com impressão 3D. O projeto, liderado pelo professor Pedro Henrique Gonçalves e vinculado ao Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação da UFG (PIP/UFG), aplicou materiais acessíveis para melhorar a aderência dessas próteses, tornando-as mais funcionais.

A estudante de Design de Produtos da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG), Laura Duarte Santana, desempenhou um papel fundamental na pesquisa, trabalhando sob a orientação do professor Pedro Henrique. O foco do estudo foi proporcionar uma maior inclusão de pessoas que possuem um certo grau de amputação, tornando as próteses mais eficazes em seu uso diário.

Prótese 3D

Modelo de prótese utilizada nos experimentos. (Foto: Gabriel Fróes)

Laura começou sua pesquisa observando que a aderência das próteses impressas em 3D era um desafio significativo. Os dedos de plástico dessas próteses frequentemente não eram suficientes para segurar objetos lisos, o que limitava sua utilidade. “Fiz um primeiro teste com a prótese segurando um objeto, sem nenhum material extra de adesão. O fato do objeto ser um cano reto e liso fez com que o mesmo escorregasse, comprovando a falha na preensão dessas próteses impressas”, relatou Laura.

Para abordar esse problema, Laura realizou uma pesquisa abrangente, buscando referências teóricas relacionadas ao objeto de estudo. Um livro fundamental para sua pesquisa foi “Ergonomia: Projeto e Produção”, escrito por Itiro Iida, que a ajudou a identificar áreas potenciais de contato das mãos humanas. Ela conduziu uma série de experimentos, aplicando quatro materiais diferentes: silicone, PVC, E.V.A e látex. Os resultados revelaram que o látex, quando aplicado sobre as digitais, falanges e palma da mão protética, proporcionou a melhor aderência, suportando mais de 500 gramas na maioria dos experimentos.

Prótese 3D

Impressora 3D onde as próteses são fabricadas. (Foto: Gabriel Fróes)

O professor Pedro Henrique ressaltou a importância desse estudo ao afirmar que o uso de uma tecnologia de baixo custo nesse campo de pesquisa permitirá uma maior funcionalidade para pessoas que têm algum tipo de amputação. Ele destacou que cada pessoa que necessita de uma prótese tem desafios e necessidades únicos, tornando essencial a personalização de cada projeto.

 

Embora ainda esteja em fase de desenvolvimento, o projeto já despertou o interesse do Centro Estadual de Reabilitação e Recuperação (CRER), com o qual a UFG busca estabelecer uma parceria para ampliar os benefícios dessa pesquisa. A ideia é que o CRER contribua com conhecimentos técnicos, testagem, validação e acompanhamento dos pacientes beneficiados por essa inovação.

Prótese 3D

Iniciativa visa baratear os custos de produção. (Foto: Gabriel Fróes)

Em resumo, essa pesquisa da UFG está dando passos significativos para melhorar a qualidade de vida das pessoas que dependem de próteses impressas em 3D, abrindo novas possibilidades de funcionalidade e inclusão.

 

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Fotos da matéria:  Divulgação/Gabriel Fróes