Filmes que abordam temas sobre padrões de beleza e cirurgias plásticas sempre chamam atenção, mas nem sempre agradam. Esse é o caso de “Feios” (2024), a nova ficção científica da Netflix que tem causado bastante burburinho. Desde que estreou em 13 de setembro, o filme está entre os mais assistidos da plataforma, mas mesmo com toda essa popularidade, as opiniões do público e da crítica não são das melhores. Apesar de estar no top 10 da Netflix, o filme é considerado um dos piores lançamentos do ano por muitos espectadores. Vamos entender melhor o que está acontecendo com “Feios” e por que ele gerou tanto debate.

O enredo de “Feios” e sua mensagem

“Feios” (2024) é um filme que se passa em um futuro distópico onde a aparência física é tudo. Nesta sociedade controlada pela busca da perfeição, todos os jovens ao completarem 16 anos são obrigados a fazer uma cirurgia plástica que corrige qualquer “defeito” e os torna mais bonitos de acordo com padrões preestabelecidos. A ideia por trás dessa transformação é que ser bonito garante aceitação, felicidade e uma vida melhor. Mas será que vale a pena?

A protagonista, Tally, interpretada por Joey King, começa a questionar esse sistema ao perceber que a beleza não é tudo e que as pessoas estão perdendo sua individualidade. Ela decide se juntar aos “Uglies”, um grupo de jovens que se recusam a se submeter às cirurgias e lutam contra essa sociedade superficial. O filme, exclusivo da Netflix, é baseado no livro de Scott Westerfeld, lançado em 2003, e traz uma reflexão importante sobre como as pressões sociais para se encaixar em padrões de beleza podem afetar a vida das pessoas.

As críticas e o desempenho no Rotten Tomatoes

Apesar da sua enorme popularidade na Netflix, “Feios” (2024) não tem agradado a todos. No site Rotten Tomatoes, que agrega avaliações de filmes, o longa recebeu apenas 15% de aprovação da crítica especializada. As resenhas têm sido bastante duras, classificando o filme como “datado” e “descartável”. Críticos renomados de veículos como The Guardian e Variety mencionaram que o filme é previsível e não traz nada de novo para o gênero.

Esse baixo desempenho coloca “Feios” (2024) ao lado de outros filmes da Netflix que também foram mal recebidos este ano, como “A Mãe da Noiva” (13%), “Alerta de Risco” (20%) e “Os Novatos” (24%). Todos esses títulos tiveram a mesma recepção morna e são considerados alguns dos piores lançamentos da plataforma em 2024. Mesmo com essas críticas, “Feios” continua atraindo espectadores curiosos, talvez pela popularidade do livro ou pela atuação de Joey King, que é bastante conhecida.

Por que “Feios” continua a ser assistido na Netflix?

Mesmo com tantas críticas negativas, “Feios” (2024) permanece no topo das listas da Netflix, e isso pode ter várias explicações. Primeiramente, o tema da busca pela perfeição é algo com o qual muitas pessoas conseguem se relacionar, especialmente em uma era de redes sociais onde a aparência é constantemente julgada. Além disso, o filme pode atrair o público jovem que conhece o livro original ou que se interessa por histórias de rebeldia e luta contra sistemas opressores.

Outro fator que pode estar contribuindo para a popularidade de “Feios” (2024) na Netflix é a curiosidade das pessoas em assistir um filme que está gerando tanto debate. Muitas vezes, a controvérsia atrai mais atenção do que elogios unânimes, e nesse caso, parece que a audiência quer ver por si mesma o que fez “Feios” (2024) ser tão comentado. Além disso, a atuação carismática de Joey King também pode ser um atrativo, já que ela traz uma energia autêntica à sua personagem, mesmo em um enredo que muitos consideram fraco.

Em suma, “Feios” (2024) é um filme que divide opiniões. Enquanto alguns se encantam com a crítica à obsessão pela beleza, outros acham que o filme não entrega o que promete. A verdade é que a popularidade do filme na Netflix mostra que, mesmo com avaliações ruins, as pessoas continuam interessadas em conhecer essa história e refletir sobre o impacto dos padrões de beleza na sociedade. Se você gosta de ficções científicas que fazem pensar, “Feios” (2024) pode valer a pena, mesmo que só para tirar suas próprias conclusões.

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