Fundador da primeira faculdade de Medicina em Goiás humanizou tratamento médico e ficou no coração dos goianos

Francisco Ludovico Neto também fundou o Hospital Santa Genoveva e foi proprietário da Tv Anhanguera, antes de vendê-la para Jaime Câmara

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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Há quem diga que é impossível sintetizar e resumir o tamanho da importância e do legado do médico e professor Francisco Ludovico de Almeida Neto para a história da medicina no estado de Goiás. Ele era filho do ex-governador de Goiás, Juca Ludovico.

Ao contrário do pai, nunca quis ser político. Se graduou em Medicina no Rio e sempre enfatizou que medicina era o seu campo de atuação. Costumava dizer que não iria desfocar suas ações.

Era conhecido pelo tratamento humano que dava aos seus pacientes. “Paciente não rima com número, rima com gente”, é uma de suas frases célebres. Segundo a história, ele se valia dela sempre que percebia que o dinheiro estava sendo avaliado como mais importante que a vida do paciente.

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Francsico Ludovico em frenrte ao Hospital Santa Genoveva

Fundador do Hospital Santa Genoveva, ele ficou marcado na história goiana por abraçar e lutar pela ideia de que Goiás deveria ter seu primeiro curso de medicina. Como resultado do seu esforço, em abril de 1960 surgiu a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Chico Ludovico, como era conhecido, tornou-se seu primeiro diretor.

Quando questionado sobre ser o fundador da Faculdade de Medicina no estado de Goiás, respondia humildemente que era o fundador , mas não por grande mérito, mas pela oportunidade. Ao Jornal Opção ele explicou detalhadamente esta questão:

“Meu pai era o governador do Estado, e o presidente da Re­pública era o Juscelino Ku­bit­s­chek, que também me deu total apoio. Nunca ocupei cargo público. E se há mérito meu na fundação da faculdade foi esse — o de não ter usado o governo do meu pai ou a convivência com o presidente da República para fazer política em meu próprio interesse ou ocupar cargo em meu benefício. A única missão que tive no governo dele foi essa — a de fundar a Faculdade de Medicina”, disse.

E com o trabalho de Chico Ludovico, o apoio de seu pai e do presidente Juscelino Kubitschek nasceu a faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Graças a este trabalho conjunto algumas questões consideradas difíceis foram solucionadas. Entre elas, a doação para a área da implantação da Faculdade de Medicina. No local hoje fica o Hospital das Clínicas.

Após se aposentar, na década de 90, escreveu o livro “A Faculdade de Medicina de Goiás”, um resgate da epopeia que protagonizou e também um registro da própria vida. Ludovico não via a tradição pelo prisma do apego, mas como motivo de alerta.

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