Cinco pontos polêmicos do Plano Diretor de Goiânia

Base do prefeito quer votar proposta nos próximos dias

Rafael Vaz
Por Rafael Vaz
5e6ac77225d462d1c739e52dd94d013b

A base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) quer aprovar o Plano Diretor de Goiânia (PDG) ainda nesta semana. A proposta define as diretrizes para o planejamento urbano do município e pode ter impacto no desenvolvimento econômico e no ordenamento territorial da cidade, abrangendo elementos de mobilidade urbana, sustentabilidade ambiental, saneamento e moradia. No entanto, a Proposta de Lei Complementar (PLC) tem gerado diversos debates entre representantes da sociedade civil, legisladores e especialistas. O Curta Mais levantou cinco pontos que estão no centro das polêmicos que envolvem o projeto. Confira:

Redução das áreas de preservação permanente
Umas das medidas propostas é a diminuição do índice de áreas de preservação permanente. Pelo projeto, haverá redução do índice da legislação municipal para o mesmo número do Código Florestal. No entanto, segundo uma análise divulgada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), nas áreas rurais há mais espaço para escoamento das águas da chuva e, por isso, o número é menor. Ou seja, em áreas urbanas, os alagamentos são mais comuns.

Prejuízo às nascentes
De acordo com a UFG, o projeto prevê, também, a possibilidade de construir em nascentes intermitentes, que deixam de existir em época de seca e voltam na época das águas. Para a instituição, dependendo de como for feita a drenagem, quem construir em cima, vai ter uma umidade muito grande. 

Aumento em áreas para edifícios
A proposta estima um crescimento de 16,2% na extensão das chamadas áreas adensáveis, ou seja, onde o planejamento indica suporte para maior número de moradores por meio da verticalização. Com isso, a previsão é que de 55 quilômetros quadrados em que são permitidas construções acima de 12 metros de altura, Goiânia passe a contar com 64 km².

Mais trânsito em quase 30 ruas
A hierarquia de 27 ruas da capital, localizadas em 21 de bairros será modificada. Elas passarão a ter o limite de velocidade aumentado de 30 quilômetros por hora para 40 km/h. A medida deve aumentar a quantidade.

Foto: Jackson Rodrigues – Prefeitura de Goiânia