Emagrecer pode causar queda de cabelo

Por Fernanda Cappellesso - 17/01/2024 às 20:39:26

Emagrecer, especialmente quando rápido e sem acompanhamento nutricional adequado, pode acarretar diversos desafios para a saúde capilar. A queda de cabelo é um fenômeno frequentemente observado nesse contexto, sendo reflexo de múltiplos fatores. A goiana Eliana Martins, criadora da técnica de Mega Hair Microemborrachada, relata que é comum mulheres procurarem seus serviços com problemas de queda de cabelo após emagrecimento significativo.

A nutricionista Simone Paiva, por sua vez, explica que a perda de peso expressiva, seja por dietas restritivas ou cirurgias bariátricas, pode causar uma diminuição de 40 a 60% no volume capilar. Ela atribui essa perda ao esgotamento de nutrientes essenciais para o crescimento e manutenção saudável dos cabelos.

Importante destacar, conforme relata a dermatologista Luciana Sampaio, que a queda de cabelo após emagrecimento pode ser resultado de uma deficiência de nutrientes como ferro, zinco, vitaminas do complexo B, proteínas, entre outros. Estas deficiências nutricionais podem afetar o ciclo de crescimento do cabelo, levando à sua queda. O especialista enfatiza a importância do acompanhamento médico para diagnóstico adequado e tratamento específico, que pode incluir a reposição de vitaminas e nutrientes.

Pesquisas apontam que a saúde capilar está intrinsecamente ligada à nutrição adequada e ao equilíbrio hormonal. Um estudo publicado no Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology revela que deficiências nutricionais e estresse físico causados por perda de peso rápida podem precipitar uma condição conhecida como eflúvio telógeno, uma forma de queda de cabelo temporária.

Eliana Martins ressalta a importância de tratamentos complementares, como o Mega Hair Microemborrachada, para auxiliar na recuperação da autoestima durante este processo. Ela salienta que, para prevenir e tratar a queda de cabelo relacionada à perda de peso, é fundamental adotar uma abordagem multidisciplinar, envolvendo nutricionistas, endocrinologistas, educadores físicos e psicólogos.