A fantástica série épica perdida no catálogo da Netflix que você precisa assistir

Baseada nas Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell, oferece uma imersão fascinante na formação da Inglaterra. Com cinco temporadas que capturam a essência da luta pelo poder, fé e identidade, "The Last Kingdom" promete emoções intensas e momentos de pura adrenalina.

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
830474
Descubra "The Last Kingdom", uma série épica que explora a vida de Uhtred entre ingleses e vikings, prometendo emoção e reflexão histórica.

Ao explorar a série épica “The Last Kingdom”, encontramos uma obra que se perdeu discretamente no vasto catálogo da Netflix, apesar de ser um tesouro repleto de história, aventura e emoção. Lançada inicialmente no Reino Unido em 2015 e concluída em 2022 com cinco temporadas, a série baseia-se nas “Crônicas Saxônicas” de Bernard Cornwell, uma adaptação que transita entre fatos históricos e ficção para retratar a tumultuada época das invasões vikings e o esforço pela unificação da Inglaterra sob um único reinado.

Explorando a trajetória de “The Last Kingdom”, a série revela-se um épico histórico que, embora tenha se perdido discretamente entre as inúmeras ofertas do catálogo da Netflix, merece reconhecimento e apreciação. Concluída em 2022 após cinco temporadas, a série baseia-se nas “Crônicas Saxônicas” de Bernard Cornwell, uma adaptação que equilibra com habilidade eventos históricos e ficção narrativa para retratar as invasões vikings e o esforço pela unificação da Inglaterra sob um único reino.

A quinta e última temporada de “The Last Kingdom” foi recebida com aclamação, destacando-se como um fechamento brilhante para o épico histórico. A série, conhecida por sua ação constante, precisão histórica (em grande parte) e excelente drama político, provou ser única em seu gênero. Comparada a “Game of Thrones”, mas sem os elementos de fantasia e um desfecho desastroso, “The Last Kingdom” consegue entregar um final convincente e totalmente envolvente para uma das melhores séries de drama de época do ano. A temporada explora a continuação das tensões entre Saxões e Danes, a busca de Uhtred por vingança e a complexa política de sucessão em Wessex e Mercia, adaptando-se dos nono e décimo livros das Crônicas Saxônicas, com elementos do décimo primeiro​​​​.

Alexander Dreymon, elogiado por sua atuação como Uhtred, trouxe uma profundidade notável ao personagem com seu carisma e amplitude dramática. A última temporada reforçou o sentimento de grandiosidade ao redor da saga de Uhtred, chegando a um fim que, embora alguns possam achar apressado, manteve o equilíbrio magistral entre o desenvolvimento do personagem e a progressão da trama. Este equilíbrio, muitas vezes difícil de alcançar em outras produções, foi magistralmente mantido em “The Last Kingdom”. A série também foi elogiada pelo seu design de produção, que recriou de forma autêntica o período retratado, desde os trajes até os cenários, contribuindo para a imersão total na história​​.

Apesar de ser a última temporada, a saga de Uhtred não termina por completo com a série. “Seven Kings Must Die”, um filme que adapta o décimo terceiro e final romance das Crônicas Saxônicas, incluindo elementos do décimo segundo livro, oferece um desfecho final para a história de Uhtred de Bebbanburg. O filme lida com as consequências após a morte do Rei Eduardo, a disputa pelo trono da Inglaterra e uma guerra que decide o futuro do país, prometendo ser um grandioso encerramento para a jornada épica do personagem​​.

Central para a trama é a figura de Uhtred de Bebbanburg, um jovem nobre inglês capturado e criado por vikings, cuja vida é marcada por conflitos constantes que testam sua lealdade, fé e determinação. O enredo se desenrola em uma época em que a fé cristã começa a se impor sobre as crenças pagãs, em meio a lutas pelo poder e pela identidade.

“The Last Kingdom” oferece mais do que apenas batalhas e estratégias políticas; é uma jornada emocional que mergulha nas profundezas das relações humanas, explorando temas de amor, lealdade, perda e a incessante busca por um lar. A série, com sua narrativa rica e personagens complexos, consegue capturar a essência da era medieval com autenticidade e drama, oferecendo uma visão única sobre um período crucial da história inglesa.

Apesar de seu sucesso e da forte base de fãs, “The Last Kingdom” parece ser subestimada dentro da plataforma da Netflix. A série, no entanto, merece reconhecimento não apenas por sua qualidade narrativa, mas também pela habilidade de entrelaçar com maestria elementos históricos e fictícios, criando um tapeçário rico que é ao mesmo tempo educativo e extremamente envolvente.

Para os aficionados por história, aventura e dramas épicos, “The Last Kingdom” é uma recomendação imperdível, prometendo horas de entretenimento e reflexão. A notícia de um filme para continuar a saga de Uhtred é a cereja no topo do bolo, mantendo viva a expectativa de novas aventuras neste fascinante universo.

O personagem principal 

No coração da narrativa de “The Last Kingdom” encontra-se Uhtred de Bebbanburg, uma personagem cuja vida é tecida entre os mundos inglês e viking. Capturado na infância por vikings, Uhtred é forjado nas tradições e conflitos destas culturas divergentes, encontrando-se perpetuamente em um cruzamento entre lealdades, crenças e aspirações. Seu percurso é um espelho das turbulências de uma era onde o avanço do cristianismo sobre práticas pagãs marca não apenas um conflito religioso, mas também o embate entre diferentes visões de mundo e poder.

Além do rico pano de fundo histórico e das dinâmicas de poder, “The Last Kingdom” destaca-se pela profundidade com que explora a humanidade de seus personagens. O enredo transcende a mera reconstituição de batalhas e estratégias para adentrar o território das emoções humanas — amor, lealdade, perda, e a eterna busca por pertencimento e identidade. Esta abordagem confere à série uma autenticidade e uma relevância que ressoam profundamente com a audiência, oferecendo uma perspectiva íntima sobre os desafios e as conquistas pessoais em meio às adversidades da era medieval.

Apesar do evidente sucesso e da dedicação de um público leal, “The Last Kingdom” frequentemente parece não receber o destaque merecido dentro da vastidão do catálogo da Netflix. Sua habilidade em entrelaçar elementos históricos com tramas fictícias resulta em uma narrativa rica e envolvente, que não apenas entretém mas também educa, ilustrando a complexidade da história inglesa com nuances e profundidade raramente vistas em produções do gênero.

Para entusiastas da história, da aventura e do drama épico, a série representa uma oportunidade inestimável de imersão em um mundo onde as questões mais fundamentais da existência são colocadas à prova em um cenário de beleza e brutalidade. A promessa de um filme para dar continuidade à saga de Uhtred adiciona ainda mais expectativa e entusiasmo para os fãs, sugerindo que as aventuras no rico universo de “The Last Kingdom” ainda estão longe de terminar.

Em resumo, “The Last Kingdom” não é apenas uma janela para o passado, mas uma obra que convida à reflexão sobre questões atemporais de identidade, fé e lealdade. Cada episódio, cada temporada, é um convite para explorar não apenas a história, mas a complexidade das relações humanas, prometendo aos espectadores uma jornada emocional tão envolvente quanto educativa.