As cidades mais antigas de Goiás

Nós te contamos tudo sobre essas cidades que são patrimônio histórico do estado.

Mariane Faz
Por Mariane Faz
As cidades mais antigas de Goiás
Foto: Goiás Turismo

No Planalto Central Brasileiro, Goiás é um tesouro histórico que testemunhou o início do século XVIII com a chegada audaciosa dos bandeirantes paulistas. Muitas cidades goianas nasceram a partir daí! As mais antigas começaram a surgir ainda por volta de 1730.

Lideradas pelo icônico Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, essas expedições, em busca do precioso ouro, tiveram grande importância na fundação de diversas cidades que se tornaram berços da história goiana.

A região do Rio Vermelho foi a pioneira a ser colonizada, e, de maneira significativa, a cidade de Goiás se destaca entre as mais antigas do estado.

Neste mergulho na história, nossa jornada revela as cidades que resistem ao teste do tempo, preservando arquitetura e cultura.

O processo de independência de Goiás, embora gradual, acelerou na década de 30, impulsionado pelas campanhas de migração para o oeste do país e, é claro, pela construção da grandiosa Brasília.

 

Mas entre tantos eventos marcantes, você saberia listar as 10 cidades mais antigas de Goiás?

 

Nós sabemos… confira:

 

1 – CIDADE DE GOIÁS (1736)

As cidades mais antigas de Goiás

Foto: IPHAN

A cidade, fundada por Anhanguera em 1736, inicialmente conhecida como Vila Boa de Goyaz, foi a sede do Estado até 1933.

A história da fundação remonta às expedições dos Bandeirantes, que buscavam ouro e capturavam indígenas para o trabalho nas lavouras.

A cidade preserva, até hoje, sua rica história, especialmente na arquitetura e cultura.

 

2 – CAVALCANTE (11/11/1831)

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Foto: Travessia Ecoturismo

Em 1831, Julião Cavalcante e seus companheiros descobriram uma jazida de ouro às margens do córrego Lava Pés, dando início ao povoado.

Um século depois, em 1931, Cavalcante foi oficialmente reconhecida como cidade.

A cidade é um importante destino turístico da Chapada dos Veadeiros, com atrativos belíssimos! Acesse uma matéria nossa que fala sobre Cavalcante clicando aqui.

3 – PIRENÓPOLIS (1832)

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Foto: Exponet

Antigamente chamada de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte, Pirenópolis foi fundada como um arraial no século 18. Destacou-se como um centro urbano importante devido à mineração de ouro, comércio e agricultura.

Em 1890, recebeu o nome atual, em homenagem a serra que a circunda.

Piri, como é carinhosamente chamada pelos goianos, é uma grande atrativo turístico de Goiás, sendo muito frequentada por turistas locais e do Brasil inteiro.

 

4 – CATALÃO (01/04/1833)

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Foto: Prefeitura de Catalão

A região já era habitada por índios Arajá séculos antes da colonização. Catalão recebeu seu título de cidade em 1833, e diferentes teorias cercam sua origem, incluindo a possibilidade de ter sido nomeada por um jesuíta catalão que possuía um sítio na área.

Catalão originou-se da penetração das entradas e bandeiras, organizadas em comitivas compostas por homens de armas, cavaleiros e padres, que adentravam pelos sertões para a captura de mão-de-obra indígena a ser escravizada e em busca de riquezas minerais.

A cidade é também uma das mais ricas de Goiás, até hoje.

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5 – NIQUELÂNDIA (01/04/1833)

As cidades mais antigas de Goiás

Foto: Goiás Turismo

Surgindo como São José do Tocantins em 1755, tornou-se Niquelândia após a descoberta de uma fonte mineral de níquel.

Rumores indicam que o povoado pode ter se originado de expedições lideradas por Dom Pedro II.

Niquelândia é uma cidade encantadora localizada no estado de Goiás, conhecida por sua riqueza natural e cultural. A cidade é cercada por montanhas, rios e cachoeiras, oferecendo um cenário deslumbrante para os turistas que a visitam.

Uma das principais atrações da cidade é o Lago Serra da Mesa, que abriga uma grande diversidade de peixes, bastante frequentado pelos praticantes da pesca esportiva.

Além da natureza exuberante, Niquelândia também possui um importante patrimônio histórico e cultural. O Centro Histórico da cidade é composto por construções antigas, como a Igreja Matriz de São Sebastião e a Casa da Cultura, que abriga exposições e eventos culturais.

 

6 – LUZIÂNIA (01/04/1833)

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Foto: Goiás Turismo

Antônio Bueno de Azevedo, em uma expedição em 1746, notou pepitas de ouro às margens de um córrego, marcando o início do povoado de Santa Luzia.

Elevada à categoria de cidade em 1867, adotou o nome atual em 1943.

Luziânia é uma cidade histórica situada no estado de Goiás, no Brasil. Com suas raízes que remontam ao período colonial, Luziânia é um destino turístico popular para aqueles que desejam explorar a rica história e cultura da região.

A cidade é cercada por belas paisagens naturais, com montanhas, cachoeiras e rios que oferecem oportunidades para atividades ao ar livre, como caminhadas, passeios de barco e pesca esportiva. Alguns dos destaques incluem o Parque Estadual do Pirapitinga, o Rio Corumbá e a Cachoeira do Funil.

Além disso, a cidade é conhecida por suas festas populares, como a Festa do Divino Espírito Santo, que acontece todos os anos em maio e junho, e a Festa de São Sebastião, em janeiro. Essas celebrações tradicionais são uma ótima maneira de experimentar a cultura local e desfrutar de comidas e danças típicas.

 

7 – SILVÂNIA (18/06/1833)

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Foto: Goiás Turismo

Inicialmente chamada Nosso Senhor do Bonfim, teve seu nome alterado em 1943 em homenagem a Vicente Miguel da Silva e sua família, influentes na época.

Conhecida por ser um centro educacional, Silvânia viu o nascimento de renomados escritores como Antônio da Costa Neto e Edmar Camilo Cotrim.

Para os amantes da história, Silvânia é um verdadeiro tesouro. Fundada em 1722, a cidade possui um centro histórico muito bem preservado, com construções seculares que remontam aos séculos XVIII e XIX, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Abadia e a Igreja do Rosário. Além disso, o Museu de Arte Sacra é um local imperdível para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a religiosidade e a cultura da região.

Mas não é só de história que vive Silvânia. A cidade também é conhecida por suas belas paisagens naturais, como a cachoeira do Abade, um verdadeiro paraíso escondido no meio à natureza. Além disso, os turistas podem desfrutar de atividades ao ar livre, como trilhas ecológicas, cavalgadas e passeios de bicicleta.

 

8 – JARAGUÁ (01/07/1833)

As cidades mais antigas de Goiás

Foto: Goiás Turismo

Nascida da mineração de ouro após a fundação da Cidade de Goiás, tornou-se cidade em 1833.

Jaraguá, com sua geografia aurífera, manteve-se vital no ciclo do ouro.

Com uma rica história, cultura e paisagens naturais exuberantes, Jaraguá é um destino turístico imperdível para quem busca explorar o interior do país.

O centro histórico de Jaraguá é uma atração imperdível para quem visita a cidade. Com suas ruas de pedra, casas antigas e igrejas centenárias, o local oferece um verdadeiro mergulho na história do Brasil colonial. Destaque para a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, um monumento do século XVIII que impressiona pela sua imponência e beleza.

 

Para os amantes da cultura local, Jaraguá oferece uma série de festas e eventos tradicionais, como a Festa do Divino Espírito Santo, a Festa de Nossa Senhora da Penha e a Festa de São João. Nestas ocasiões, é possível experimentar a gastronomia típica, assistir a apresentações folclóricas e conhecer a música e a dança regional.

Por fim, Jaraguá é também um destino turístico de compras. A cidade é conhecida por sua produção de cerâmica artesanal, que pode ser encontrada em diversas lojas e feiras locais. Os visitantes também podem adquirir peças de artesanato em couro, madeira e palha, além de deliciosos produtos da culinária regional, como doces, queijos e licores.

 

9 – FORMOSA (1843)

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Foto: Goiás Turismo

Com o aumento da circulação de pessoas, Dom Pedro II instalou uma Estação Fiscal para controlar o fluxo de ouro. A cidade começou com a vinda de moradores do Arraial de Santo Antônio, fugindo de uma epidemia de malária.

Em 1843, foi considerada cidade.

Conta com um grande número de cachoeiras, com destaque para a Cachoeria do Itiquira, com 168 metros de altura de queda livre. Outro ponto muito conhecido é a Lagoa Feia, com seis quilômetros de comprimento e meio de largura e com profundidade entre 4 e 10 metros.

Ainda tem o Lajedo que forma grandes piscinas naturais, a Gruta das Andorinhas com aproximadamente 105 metros de profundidade, Buraco das Araras com aproximadamente 105 metros de profundidade, a Cachoeira do Bisnau e o Rio Bandeirinha o qual forma várias cachoeiras.

Possui também o EcoBocaina onde há a Cachoeira dos Reis Magos, Cachoeira da Palmeira e vários mirantes com vista para o Vale do Paranã. Possui 42 sítios arqueológicos catalogados pelo IPHAN, destacando-se o Sitio Arqueológico do Bisnau, situado próximo à BR-020, e o Sítio Arqueológico da Lapa da Pedra, conhecido popularmente como Toca da Onça, situado próximo à estrada que dá acesso ao Salto do Itiquira. Ambos situam-se em propriedades particulares e cobram pelo acesso, sem oferecer estrutura turística de apoio aos visitantes.

Foi incluída em 2011, como uma das 100 cidades brasileiras com apelos e atrativos turísticos no Ministério do Turismo por indicação da CNTur- Confederação Nacional do Turismo.

A cidade de Formosa é reconhecida pelos praticantes de voo a vela como um dos melhores locais do Brasil para se praticar o esporte. Voos cross country são possíveis durante quase todo o ano, sendo que de agosto a outubro é a temporada de voos de longa distância, em geral superiores a 500.000 km

 

10 – SÍTIO D’ABADIA (1850)

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Foto: O Popular

Conhecida como Barreiro em 1815, teve origens ligadas à escravidão e ao garimpo.

Laureana da Silva Barreto, viúva de fazendeiro, fugida da Bahia com seus escravos, desempenhou um papel crucial na história.

Em 1830, diante do florescimento da povoação, D. Laureana fez a doação de nova área de mais de meia légua de terras à Igreja para a formação do patrimônio, consolidando-se o arraial em 1833, com a reconstrução da igreja em cuja frente levantou-se uma cruz de aroeira com data inscrita, assinalando a fundação do arraial de Sítio D’Abadia.

Em 1850, tornou-se cidade, adotando o nome atual.

 

Essas cidades, com suas raízes profundas na história goiana, são testemunhas de uma jornada rica e diversificada. Os municípios consolidam um legado que continua a inspirar e encantar os habitantes e visitantes do Estado.

As informações foram obtidas do site do IBGE e Casa Civil de Goiás.

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